Japão, EUA e Coreia do Sul responderão ‘forte e firme’ a testes nucleares da Coreia do Norte

Fumio Kishida, Joe Biden e Yoon Suk Yeol reafirmaram que um teste nuclear da Coreia do Norte será seguido por uma resposta forte e firme.
Bandeira da Coreia do Norte com foguetes na frente | ©Depositphotos
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Os líderes do Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul concordaram, neste domingo (13) em tomar “medidas resolutas” para a desnuclearização completa da Coreia do Norte, à medida que as tensões aumentaram recentemente devido à enxurrada de testes de mísseis de Pyongyang, informou a Kyodo News.

Depois de se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, na capital cambojana Phnom Penh, o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida também disse a repórteres que a cooperação de três vias está se tornando mais importante do que nunca, dada a possibilidade de mais provocações por parte da Coreia do Norte.

Em meio a temores de que a Coreia do Norte possa em breve realizar seu sétimo teste nuclear, o primeiro desde 2017, desafiando as advertências internacionais, os líderes concordaram trabalhar em conjunto para fortalecer a dissuasão com os três países coordenando sanções contra Pyongyang, de acordo com um comunicado conjunto.

Embora reafirmando que a Coreia do Norte não pode evitar enfrentar uma “resposta forte e resoluta da comunidade internacional” se outro teste nuclear for realizado, eles também disseram no comunicado que “o caminho para o diálogo permanece aberto para uma resolução pacífica e diplomática” com Pyongyang.

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse a repórteres a bordo do Air Force One que os líderes “coordenarão uma resposta conjunta” no caso de haver um sétimo teste nuclear (do Norte). Sullivan disse ainda que encarregou suas equipes de trabalhar os elementos dessa resposta em detalhes reais.”

“Os líderes reafirmaram que um teste nuclear da Coreia do Norte será seguido por uma resposta forte e firme da comunidade internacional”, disse.

Antes das negociações trilaterais, Kishida e Biden conversaram por cerca de 40 minutos e concordaram em reforçar sua aliança de segurança de longa data.

Kishida disse que informou Biden sobre o plano do Japão de “aumentar substancialmente” seu orçamento de defesa e, segundo ele, o presidente dos EUA apoiou a ideia.

As reuniões trilaterais e bilaterais ocorreram à margem de cúpulas envolvendo a Associação das Nações do Sudeste Asiático e seus parceiros.

Desde que Kishida, Biden e Yoon se encontraram pela última vez no final de junho, quando viajaram a Madri para fazer parte de uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Coreia do Norte acelerou o ritmo de disparo de mísseis balísticos.

No início de outubro, um míssil foi disparado sobre o arquipélago japonês pela primeira vez em cinco anos. Pyongyang também lançou um míssil balístico intercontinental no início deste mês.

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Desde que Yoon sucedeu Moon Jae In em maio, a Coreia do Sul adotou uma postura mais dura em relação à Coreia do Norte e expressou o desejo de fortalecer a cooperação de defesa com os Estados Unidos e o Japão.

Os três países realizaram um exercício antissubmarino pela primeira vez em cinco anos no final de setembro, bem como um exercício conjunto para detectar mísseis balísticos no início de outubro.

Os líderes participarão de uma cúpula do G20 (as principais economias do planeta) a ser realizada, a partir desta terça-feira (15),  na ilha indonésia de Bali ao long de dois dias.

== Por Maria Rosa / Mundo-Nipo (MN)
Fonte: Agência Kyodo
Foto: Depositphotos

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