Do Mundo-Nipo
O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, criticou fortemente a incursão de um avião militar chinês no sábado (24), que voou excepcionalmente perto de aeronaves das Forças de Autodefesa do Japão sobre o Mar da China Oriental.
Onodera declarou na tarde deste domingo a repórteres que as aproximações foram atos perigosos, capazes de resultar em acidente e/ou “incidente internacional”. O ministro destacou que, segundo a tripulação dos aviões japoneses, a aeronave chinesa estava equipada com mísseis.
O ministro disse ter comunicado o incidente na noite de sábado ao premiê japonês. Segundo ele, Shinzo Abe o teria instruído a continuar a tratar do assunto de maneira firme.
Neste domingo, Onodera protestou oficialmente contra as ações chinesas através de canais diplomáticos. “As atividades dos aviões das Forças de Autodefesa do Japão são parte do processo regular de coleta de informações e não devem sofrer restrições no espaço aéreo em alto-mar”, disse ele.
Incursão da aeronave chinesa no sábado (24)
Segundo relatou o Ministério da Defesa, um caça chinês SU-27 aproximou-se por trás e ultrapassou um avião de coleta de dados visuais OP-3C, da Força Marítima de Autodefesa do Japão, por volta das 11h de sábado (23h de sexta-feira pelo horário de Brasília), perto da linha demarcatória entre Japão a China. As duas nações estabeleceram zonas de identificação de defesa aérea sobrepostas na região.
A aeronave chinesa chegou estar a apenas 50 metros de distância do avião japonês OP-3C. Posteriormente, cerca de uma hora depois, quase na mesma área, o caça chinês SU-27 voou a menos de 30 metros de distância de outro avião de inteligência eletrônica da Força Aérea de Autodefesa do Japão.
Somente em 2013, aeronaves da Força Aérea de Autodefesa do Japão (ASDF) realizaram 810 decolagens de emergência em resposta a possíveis incursões territoriais por aeronaves estrangeiras. Foi a primeira vez que o número superou a marca de 800 em 24 anos, de acordo com o relatório anual do Ministério da Defesa, divulgado em abril.
Com informações da NHK News e Agência Kyodo
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