Do Mundo-Nipo
A crise na Ucrânia fez com que o governo do Japão ficasse dividido sobre promover ou não a cooperação econômica com a Rússia. Na semana passada, o lado russo realizou um fórum econômico internacional em São Petersburgo, contando com a presença do presidente Vladimir Putin. Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, optou por não enviar uma delegação oficial e conclamou as empresas do país a desistirem de participar do evento.
No entanto, fontes ligadas ao governo japonês afirmaram que grandes empresas do setor de energia dos Estados Unidos e da Europa, incluindo a americana Exxon Mobil e a britânica BP, enviaram executivos ao fórum. Algumas empresas firmaram memorandos com firmas russas para projetos de gás natural, entre outros, conforme citaram as fontes, de acordo com a emissora pública NHK.
Integrantes do governo japonês disseram que o país precisa formar uma frente unida com as demais nações membros do G7 para lidar com a Rússia.
Porém, outros funcionários do governo japonês deram a entender que não deveria ser permissível que uma fricção política interfira na cooperação econômica com Moscou.
O dilema do Japão acontece em meio a violência na Ucrânia. Nesta terça-feira, mais de 50 rebeldes pró-Rússia foram mortos em uma ofensiva sem precedentes de forças do governo ucraniano. A notícia vem após o recém-eleito presidente do país, Petro Poroshenko, prometer esmagar a revolta no leste de uma vez por todas, destaca a Reuters.
É o segundo dia consecutivo de confrontos na cidade do Leste da Ucrânia, que se autodeclarou independente e se recusou a participar das eleições presidenciais de domingo.
(Com informações da NHK News e Agência Reuters)
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