Representante do Vaticano homenageou vítimas de Hiroshima

Um cardeal ganês está no Japão para recordar os que perderam a vida durante os bombardeios atômicos nas cidades de Hiroshima e Nagazaki.

Do Mundo-Nipo

O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé) participou da celebração inter-religiosa pelo 68º aniversário do bombardeio atômico norte-americano sobre Hiroshima, no oeste do Japão.

 

Celebração do Dia da Paz em Hiroshima (Foto: Junko Kimura/Asahi Shimbun)
Celebração do Dia da Paz em Hiroshima (Foto: Junko Kimura/Asahi Shimbun)

 

“Pelas vítimas do sofrimento esmagadas pela guerra, deixem-me convocar cada um de nós e as nossas comunidades de fé a honrar a memória de Hiroshima colaborando na solidariedade para construir a verdadeira paz”, disse o cardeal Peter Turkson.

O colaborador do Papa está no Japão para recordar as dezenas de milhares de pessoas que perderam a vida, em de agosto de 1945, durante os bombardeios atômicos que marcaram a fase final da II Guerra Mundial.

Segundo o cardeal ganês, a primeira bomba foi uma “ferida terrível” infligida à humanidade.

A visita insere-se na iniciativa ‘Dez dias pela paz’, promovida pela Conferência Episcopal Japonesa, entre os dias 6 e 15 deste mês.

O programa de terça-feira incluiu um encontro inter-religioso com budistas, xintoístas e protestantes.

“Representamos as grandes tradições religiosas e espirituais da Ásia, bem como o secularismo contemporâneo global. Cada tradição pode expor a sua visão, no momento em que vimos em peregrinação a um memorial do horror indizível e da destruição”, disse o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz.

O cardeal Turkson defendeu que a verdadeira paz passa por “incluir e integrar”, principalmente, os mais necessitados.

“Em vez de evitarmos os que sofrem, vamos acompanhá-los. Em vez de amaldiçoar o que nós sofremos, vamos oferecê-los pelos outros. Em vez de nos escondermos dos problemas de hoje, vamos enfrentar com coragem as situações e estruturas sociais que causam injustiça e conflito”, pediu o Cardeal.

Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, duas cidades japonesas foram devastadas em segundos por bombas atômicas dos EUA, que mataram mais de 100 mil pessoas em Hiroshima e cerca de 70 mil em Nagasaki.

Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se na terça-feira (6) em Hiroshima, numa cerimônia com a presença de alguns sobreviventes e familiares das vítimas do bombardeio.

Nesta quarta-feira, o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz foi até Nagasaki, onde participou de um jantar no centro inter-religioso para o diálogo sobre a paz mundial.

No dia seguinte, no âmbito de uma cerimônia inter-religiosa organizada no ‘Ground-Zero Park’ da cidade, o cardeal vai recitar uma oração por todas as vítimas, na qual também recordará de todos os que não morreram, mas que ainda sofrem com os efeitos da radioatividade.

A viagem conclui-se na próxima sexta-feira, ainda em Nagasaki, com uma missa pela “paz no mundo”, refere o Vaticano.

Esta publicação é da Agência Ecclesia.

 

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