Índice de suicídios entre homens e idosos cai em oito municípios do Japão

Do Mundo-Nipo

Um programa de prevenção, ministrado por entidades que atuam na área de psiquiatria do Japão, ajudou a reduzir significativamente o número de suicídios entre homens e idosos em oito municípios que mais sofrem com os altos índices de suicídio no país, de acordo com um estudo publicado na revista científica ‘Plos One’.

“É importante que as medidas de prevenção ao suicídio sejam cientificamente examinadas”, disse Yutaka Ono, pesquisadora principal do estudo, divulgado na última quarta-feira. Ono dirige o Centro de Terapia Cognitiva Comportamental e pesquisadora do Centro Nacional de Neurologia e Psiquiatria (NCNP, na sigla em inglês).

O programa de três anos e meio foi composto por cerca de 80 medidas de prevenção, tais como a sensibilização sobre os suicídios através dos acontecimentos, rastreamento de pessoas propensas ao suicídio e monitoramento das mesmas com exames clínicos regulares, apoio aos membros de famílias com casos recentes de suicídio, visitação a doentes mentais, entre outras medidas.

Os pesquisadores, a maioria do NCNP, examinaram se o programa fez alguma diferença na incidência e tentativa de suicídio, envolvendo hospitalização a partir do período de junho de 2006, comparando os oito municípios com outros adjacentes de menor índice.

Os oito municípios — todos das províncias de Aomori, Akita, Iwate, Miyazaki e Kagoshima — eram conhecidos pelas altas taxas de mortalidade relacionadas com o suicídio de pelo menos 30 mortes por 100 mil pessoas ao ano, de acordo com os pesquisadores.

Comparado com os municípios adjacentes, a taxa de suicídio nestes oito municípios diminuiu cerca de 23% entre os homens e 24% entre aqueles com idades a partir de 65 anos. Os resultados foram analisados ​​estatisticamente, tendo em conta o declínio da população e outros fatores.

Apesar do programa de prevenção ter surtido bons efeitos, com uma diminuição significativa nos casos de suicídios entre homens e idosos, nenhuma mudança foi observada entre mulheres e jovens. Os pesquisadores disseram que ainda irão analisar os motivos.

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