População do Japão tem novo recorde de queda

A população japonesa caiu pelo 13º ano consecutivo, registrando descenso recorde de quase 620 mil pessoas.
Pessoas em Tóquio | Foto: Reprodução/EPA
Tóquio | ©EPA

A população do Japão sofreu forte descenso de 726.342 no ano de 2021 até janeiro de 2022, registrando sua maior queda desde que dados comparáveis ​​se tornaram disponíveis em 2013, uma vez que as mortes superaram novamente o número de nascimentos, mostraram dados do governo nesta semana, informou o Kyodo News.

A população japonesa totalizou 125.927.902, incluindo residentes estrangeiros, o que representa queda de 0,57% em relação ao ano anterior, segundo o relatório divulgado pelo Ministério do Interior, destacando que o número também é a maior queda percentual no país.

Todas as 47 prefeituras do Japão, exceto Okinawa, viram sua população cair, com Tóquio e as três províncias vizinhas (Saitama, Chiba e Kanagawa) registrando descenso pela primeira vez desde 2013, isso porque a pandemia de Covid-19 reduziu o afluxo de pessoas para a região da capital.

Enquanto o governo central busca melhorar a taxa de natalidade e encorajar as pessoas a viver fora da área metropolitana de Tóquio para revitalizar as comunidades regionais, suas medidas ainda não deram frutos na superação do declínio populacional da sociedade cada vez mais envelhecida.

Mais mortes e menos nascimentos 

Sem contar estrangeiros, o número de japoneses reduziu em 619.140 e totalizou 123.223.561, caindo pelo 13º ano consecutivo, enquanto as mortes registraram uma alta histórica de 1,44 milhão contra uma baixa recorde de 810 nascimentos.

Já o número de residentes estrangeiros caiu para 2.704.341, o que representa uma queda de 107.202 ante o ano anterior. É o segundo ano consecutivo de descenso devido a controles de fronteira mais rígidos em meio à pandemia de coronavírus.

Por prefeitura, a capital Tóquio registrou a maior queda em 48.592 pessoas, a primeira queda desde 2013, já que a capital experimentou uma saída significativa de residentes estrangeiros, além da diminuição de japoneses que se mudaram para outras prefeituras, a maior parte em razão dos custos da cidade grande e a comodidade de trabalhar home office durante a pandemia.

As províncias de Akita, Aomori e Yamagata, no nordeste do Japão, registraram as maiores taxas de queda, 1,52%, 1,35% e 1,25%, respectivamente.

Okinawa, ilha no extremo sul do Japão, foi a única a ver um crescimento populacional positivo, registrando 186 pessoas devido à sua taxa de natalidade relativamente alta.

Aumento da população de idosos

Apesar de a expectativa de vida no Japão ter registrado sua primeira queda em 10 anos, a população de idosos segue crescendo no país, uma vez que pessoas com 65 anos ou mais representaram um recorde de 29% de toda a população japonesa, ou seja, aumento de 0,27 ponto percentual em relação ao ano anterior, de acordo com os dados do ministério, de que destaca que a porcentagem é a maior já registrada no país desde que os dados foram coletados pela primeira vez em 1994.

Por sua vez, a proporção de pessoas com idade entre 15 e 64 anos, considerada população ativa e apta ao trabalho, ficou em 58,99%. O número representa queda de 0,10 ponto porcentual e o menor já registrado no país, segundo os números do Ministério do Interior.

O governo, que há muito luta contra os desafios de uma população cada vez mais envelhecida e uma força de trabalho em constante declínio, diz que espera aliviar a escassez de mão de obra interna com a força de trabalhadores estrangeiros, mas isso ocorrerá quando a abertura fronteiriças do país retornarem aos níveis pré-pandêmicos.

== Mundo-Nipo (MN)

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