O Japão subiu significativamente no ranking anual da World Happiness Report, que analisa uma série de fatores para descobrir quais são as nações mais felizes do planeta.
A mais nova edição do estudo, divulgada em 19 de março, não teve mudanças no topo do ranking, com a Finlândia se mantendo como o país mais alegre do mundo pelo quarto ano consecutivo. A Islândia e a Dinamarca completam o top 3, respectivamente, também, inalterados em relação ao estudo anterior.
Apesar dos longos invernos e da reputação de seus cidadãos serem pouco expressivos e muito solitários, a Finlândia tem um alto padrão de vida, serviços públicos que funcionam bem, muitas florestas e lagos, e tem níveis muito positivos de solidariedade e combate à pobreza e desigualdade.
Os países da Europa são maioria no Top 10, que traz a Nova Zelândia, na 9ª posição, como a primeira nação fora do Velho Continente a aparecer na lista.
Enquanto isso, o Japão deu um salto de 6 posições em relação ao estudo do ano passado. Nesta edição, que se baseia em dados dos anos de 2018 a 2020, o país asiático ocupa o 56º lugar, um intento jamais alcançado desde que o estudo teve início em 2012.
Por sua vez, o Brasil caiu algumas posições, ocupando agora o 35º lugar. No estudo de 2020, que avaliou dados de 2017 a 2019, o país ocupava o 32º lugar.
O 149º país, ou seja, o mais infeliz de acordo a lista, é o Afeganistão, com nota de 2,52, acompanhado nas últimas colocações por vários países africanos – Zimbábue, Ruanda, Botswana e Lesoto.
O estudo, que foi afetado por diferentes formas pela pandemia de coronavírus, compilou dados de 149 países nos últimos três anos. Para chegar aos países mais felizes, uma série de indicadores são avaliados.
Os autores do estudo, patrocinado pelas Nações Unidas e publicado desde 2012, usam pesquisas da empresa Gallup que questionam os entrevistados sobre sua percepção de felicidade e cruzam esses dados com números do PIB, dados sobre liberdade individual, expectativa de vida, confiança nas instituições públicas, apoio social do governo, corrupção e outros para chegar a um resultado.
Comparando esta lista com outras antes da pandemia, os autores do estudo comprovam que houve “uma frequência significativamente maior de emoções negativas” em um terço dos países.
Mas em 22 países, não se percebeu declínio no bem-estar ou na percepção das pessoas sobre suas próprias vidas, resume John Helliwell, um dos autores do estudo.
“Uma possível explicação é que as pessoas veem a covid-19 como uma ameaça comum e externa que fere a todos e que gerou um maior senso de solidariedade e empatia”, comentou o especialista.
Confira abaixo o Top 10 dos países mais felizes do mundo:
(*Incluindo dados de Japão e Brasil)
1. Finlândia (7.842 pontos)
Posição em 2020: 1º lugar
2. Dinamarca (7.620 pontos)
Posição em 2020: 2º lugar
3. Suíça (7.571 pontos)
Posição em 2020: 3º lugar
4. Islândia (7.554 pontos)
Posição em 2020: 4º lugar
5. Holanda (7.464 pontos)
Posição em 2020: 6º lugar
6. Noruega (7.392 pontos)
Posição em 2020: 5º lugar
7. Suécia (7.363 pontos)
Posição em 2020: 7º lugar
8. Luxemburgo (7.324 pontos)
Posição em 2020: 10º lugar
9. Nova Zelândia (7.277 pontos)
Posição em 2020: 8º lugar
10. Áustria (7.268 pontos)
Posição em 2020: 9º lugar
11. Austrália (7.183 pontos)
Posição em 2020: 12º lugar
12. Israel (7.157 pontos)
Posição em 2020: 14º lugar
13. Alemanha (7.155)
Posição em 2020: 17º lugar
14. Canadá (7.103 pontos)
Posição em 2020: 11º lugar
15. Irlanda (7.085 pontos)
Posição em 2020: 16º lugar
16. Costa Rica (7.069 pontos)
Posição em 2020: 15º lugar
17. Reino Unido (7.064 pontos)
Posição em 2020: 13º lugar
18. República Tcheca (6.965 pontos)
Posição em 2020: 19º lugar
19. Estados Unidos (6.951 pontos)
Posição em 2020: 18º lugar
20. Bélgica (6.834 pontos)
Posição em 2020: 20º lugar
35. Brasil (6.330)*
Posição em 2020: 32º lugar
56. Japão (5.940)*
Posição em 2020: 62º lugar
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