Do Mundo-Nipo
A polícia chinesa informou nesta quarta-feira (30) que prendeu cinco suspeitos de um acidente de carro fatal em frente a Cidade Proibida de Pequim, na praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial), no início deste semana, caracterizando o caso como um “ataque terrorista”.
A polícia disse que encontrou bandeiras jihad e algumas armas com os cinco suspeitos, que foram presos cerca de 10 horas após um veículo esportivo, que levava outros três suspeitos, se chocar contra uma multidão de pedestres, explodindo em chamas no local icônico da capital chinesa na segunda-feira (28).
Os três suspeitos mortos, que também foram encontrados com bandeira e facas jihad, eram membros de uma mesma família – um homem identificado como Usmen Hasan, sua mãe e sua esposa -, de acordo com um porta-voz da Segurança Pública de Pequim, citado pela agência estatal chinesa Xinhua.
Segundo a emissora estatal CCTV, os suspeitos são, em sua maioria, de etnia muçulmana, concentrada em Xinjiang, grande região autônoma situada no extremo oeste da China, que registra com frequência distúrbios relacionados à tensão entre Han (etnia majoritária na China) e uigures.
A agência France-Presse (AFP) destacou que Pequim culpa o “Grupo Uygur” para o que afirma tratar-se de um “ataque terrorista de Xinjiang”, mas os detalhes dos incidentes alegados são difíceis de confirmar, e grupos exilados acusam a China de exagerar o incidente para justificar as restrições religiosas e culturais no país.
O vídeo abaixo (da SCMP.com) mostra o momento da explosão em Tiananmen:
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