Do Mundo-Nipo com Agências
Poucos dias depois de atingir 590 km/h e bater o recorde mundial de velocidade estabelecido há 12 anos, de 581 km/h, um trem maglev (sigla em inglês de magnetic levitation, levitação magnética em português) de fabricação japonesa quebrou outro recorde mundial nesta terça-feira (21), após superar a velocidade de 600 km/h durante testes realizados numa pista perto do Monte Fuji.
Transportando 49 trabalhadores da Companhia JR Central (Central Japonesa de Estrada de Ferro), o trem de sete vagões chegou a uma velocidade máxima de 603 km/h, conseguindo fazer em quase 11 segundos sua jornada de 1,8km, conforme informou a JR Central.
“A viagem foi confortável e estável”, disse Yasukazu Endo, o chefe do Centro de Testes de Maglev, ao jornal “Asahi Shimbun”. “Nós gostaríamos de continuar analisando os dados e utilizá-los na concepção dos carros e outros equipamentos.”
Tecnologia maglev
O trem funciona por meio de um sistema de levitação magnética que usa motores lineares instalados pertos dos trilhos. O campo magnético gerado faz com que o trem seja elevado até 10 centímetros acima da ferrovia e também o impulsiona, eliminando o contato, assim fazendo com que a única forma de atrito seja o ar.
Custo
Enquanto passageiros querem já fazer uso da tecnologia, há preocupações sobre o enorme custo de construção da infraestrutura para um serviço de maglev comercial previsto para entrar em operação até 2027 entre Tóquio e a cidade central de Nagoya, em uma distância de 286 km.
O serviço comercial, que seria executado em uma velocidade máxima de 500 km/h, deve ligar as duas cidades em apenas 40 minutos.
Especialistas esperam que em 2045 os trens maglev façam o trajeto de 410 kmentre Tóquio e Osaka em apenas uma hora e sete minutos, reduzindo o tempo de viagem pela metade.
Mas estimativas colocam os custos de construção em quase US $ 100 bilhões (R $ 67bn) para o trecho Tóquio-Nagoya, com mais de 80% da rota prevista para passar por de túneis de montanha caros.
Apesar do preço salgado, o Japão espera vender sua tecnologia ferroviária de alta velocidade no exterior como parte de uma tentativa de reviver a terceira maior economia do mundo por meio de exportações de infraestrutura.
Fontes: Jornal O Globo | Jornal The Asahi Shimbun | Agência Kyodo.
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