As exportações do Japão cresceram mais do que o esperado em janeiro, quase 12%, ajudadas pela forte demanda por veículos, autopeças e maquinário, de acordo com dados divulgados pelo governo do país nesta quarta-feira (21), informou a imprensa local.
As exportações em janeiro aumentaram 11,9%, totalizando 7,3 trilhões de ienes (US$48 bilhões), o valor mais elevado para o mês de janeiro desde 1979, quando os dados comparáveis tornaram-se disponíveis, de acordo com o relatório preliminar do Ministério das Finanças. A leitura prévia é melhor que o crescimento médio de cerca de 10% que os analistas previam, e marca o segundo mês consecutivo de crescimento, de acordo com o relatório.
O resultado ajudou o déficit comercial do país a diminuir para 1,76 trilhão de ienes (US$12 bilhões), ou cerca de metade do que era um ano antes.
As importações, que vêm caindo mensalmente há quase um ano, reduziram 9,6% em relação ao ano anterior, totalizando 9 trilhões de ienes (US$60 bilhões). As maiores quedas foram registradas nas importações de petróleo, gás natural e minério de ferro, em parte devido à queda nos preços, mas também à fraca demanda.
Por região, as exportações para a América do Norte, o restante da Ásia, Oriente Médio e Europa aumentaram.
As vendas para os Estados Unidos cresceram 15,6%, aumentando pelo 28º mês consecutivo, enquanto as exportações para a Europa aumentaram 13,8%, aumentando pelo segundo mês consecutivo.
Os embarques para a China avançaram 29%, ajudados pela forte demanda por equipamentos de fabricação de chips de computador. As exportações de veículos ajudaram a impulsionar um aumento anual de quase 16% nas exportações para os Estados Unidos e um aumento de quase 14% para a União Europeia.
Enquanto isso, o turismo receptivo, que conta estatisticamente como exportação, está voltando com força após os anos de vacas magras da pandemia, quando o Japão impôs limites rígidos para a entrada de pessoas no país.
As exportações continuaram sendo um ponto relativamente forte, mesmo com a desaceleração da economia japonesa, atingindo um recorde de pouco mais de 100 trilhões de ienes (US$680 bilhões) em 2023.
O Japão entrou em uma recessão técnica, uma vez que o Produto Interno Bruto (PIB) do país contraiu pelo segundo trimestre consecutivo em outubro-dezembro, de acordo com dados preliminares divulgados na última quinta-feira (15), à medida que os consumidores economizaram para compensar os preços mais altos.
Com o resultado da leitura preliminar do PIB nominal, aliada aos persistentes dados macroeconômicos negativos ao longo de 2023, o Japão acabou por perder o posto de terceira maior economia do planeta, caindo para quarto lugar e ficando atrás da Alemanha em 2023.
== Mundo-Nipo (MN)
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