A legitimidade da escolha de Tóquio, capital do Japão, como sede dos Jogos Olímpicos de 2020 está sob suspeita, afirmou nesta quarta-feira (11) o jornal britânico ‘The Guardian’, citando uma investigação efetuada por autoridades francesas.
Segundo a investigação, os japoneses teriam pago 1,3 milhão de euros a Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional da Federação de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), membro influente no Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2013, ano em que Tóquio ganhou de Istambul e Madrid na disputa final para sediar as Olimpíadas de 2020.
O suposto pagamento teria sido depositado em uma conta ligada a Papa Massata Diack, filho de Diack, aparentemente, feito durante a candidatura de Tóquio, afirma o ‘The Guardian’, acrescentando que as autoridades francesas descobriram o depósito enquanto investigavam suspeitas de corrupção na IAAF.
Papa foi contratado como consultor de marketing pela IAAF, durante a gestão de Diack. Fontes contatadas pelo jornal britânico garantiram que “dezenas de milhões” de euros passaram pela conta de Papa.
Questionado sobre o suposto suborno, o Comitê Olímpico Japonês não respondeu por ter os assessores de imprensa “de férias”. Contudo, a Comissão Organizadora dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 afirmou que desconhece tais alegações. “Acreditamos que os Jogos Olímpicos de 2020 foram atribuídos a Tóquio porque a cidade apresentou a melhor campanha”, de acordo com o ‘The Guardian’.
No entanto, o jornal britânico afirma que há grandes evidências de que os votos à favor de Tóquio como sede podem ter sido comprados. Uma situação, no mínimo, embaraçosa para o COI, que prometeu tolerância zero à corrupção, na sequência do escândalo de suborno de Salt Lake City, em 2002.
O Comitê Olímpico Internacional é a terceira grande instituição esportiva, a nível internacional, sob suspeita de corrupção, depois da FIFA e da IAAF.
Do Mundo-Nipo
Fonte: The Guardian.
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