Toyota pretende produzir 6 mil carros movidos a hidrogênio até 2017

O Mirai é o primeiro veículo movido a hidrogênio produzido em escala comercial no mundo.

Do Mundo-Nipo

A Toyota Motor revelou esta semana o modelo Mirai em sua linha de montagem na fábrica de Motomachi, em Toyota, na província de Aichi. De acordo com a montadora, o modelo será o primeiro veículo movido a hidrogênio produzido em escala comercial no mundo, e a estimativa é produzir quase 6 mil unidades do Mirai na fábrica de Motomachi, até 2017.

Toyota Mirai (Imagem: Reprodução/YouTube/Toyota/Edição MN)
APenas em janeiro, a Toyota já recebeu mais de 1.500 pedidos do modelo Mirai (Imagem: Reprodução/YouTube/Toyota/Edição MN)

 

Inicialmente, a maior montadora do mundo, em termos de vendas globais, pretende produzir cerca de 700 unidades do Mirai, em Motomachi, no decorrer de 2015. Este número corresponde a uma média diária de três veículos saindo da moderna linha de montagem.

Entretanto, no primeiro mês de vendas no Japão, em janeiro deste ano, a Toyota recebeu mais de 1.500 pedidos do modelo. Devido à grande demanda, a produção do Mirai irá aumentar para cerca de 2 mil unidades em 2016.

Em 2017, a montadora estima elevar a produção para 3 mil unidades, totalizando quase 6 mil modelos fabricados nos três primeiros anos.

Funcionamento
Com autonomia para rodar 650 km sem necessidade de reabastecimento, o Mirai possui um motor elétrico, uma bateria, dois tanques de hidrogênio de alta pressão, com capacidade máxima de 70 Mpa, um conversor elevador de tensão, uma central de comando e a célula combustível a hidrogênio – uma estação localizada no centro do assoalho do veículo. É dentro desta estação onde ocorre a reação química para colocar o Mirai em movimento.

O veículo capta o oxigênio da atmosfera através de sua entrada de ar frontal e o leva até esta estação, para onde o hidrogênio contido nos dois tanques também é direcionado. Dentro dela, a célula combustível divide o hidrogênio em duas moléculas, gerando uma carga elétrica.

Ao mesmo tempo, o oxigênio se une às células de hidrogênio, formando água. A energia elétrica é direcionada ao conversor, que alimenta o motor do Mirai, e a água é expelida pela válvula de escape. O motor também é alimentado diretamente pela bateria, recarregada por energia cinética gerada pela desaceleração e frenagem do automóvel.

Patentes
Em janeiro deste ano, a Toyota autorizou o uso livre de royalties de aproximadamente 5.680 das licenças de patentes relacionadas ao seu modelo movido a hidrogênio, incluindo pedidos pendentes que detém de forma não consolidada.

A iniciativa prioriza o estímulo ao uso massivo de veículos com célula combustível a hidrogênio, em fase de introdução em escala global, ao passo que as empresas de energia iniciam a expansão da infraestrutura das estações de hidrogênio.

O uso livre de royalties das licenças de patentes do Mirai pela Toyota deve permanecer durante o período de introdução desta tecnologia no mercado, previsto para continuar até meados de 2020.

Na decisão da Toyota estão incluídas patentes essenciais para o desenvolvimento e produção de veículos equipados com célula combustível a hidrogênio, tais como as pilhas de células combustível (aproximadamente 1.970 patentes), tanques de hidrogênio de alta pressão (aproximadamente 290 patentes), e tecnologia de controle de sistema de célula combustível (aproximadamente 3.350 patentes).

Assista ao vídeo de apresentação do modelo Mirai:

Fonte: Revista Alternativa Online / The Asahi Shimbun.

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