Autoridades do Japão condenaram a fuga de Carlos Ghosn para o Líbano e rejeitaram suas acusações contra a Justiça japonesa. De acordo com o jornal Estadão, a ministra da Justiça japonesa, Masako Mori, declarou no domingo (5) que “a fuga de um réu em liberdade sob fiança é injustificável”.
O ex-presidente das montadoras Renault e Nissan chegou ao Líbano no dia 30 de setembro em circunstâncias ainda pouco claras. Ghosn não tinha permissão de deixar o Japão, onde estava em liberdade condicional desde o final de abril de 2019, à espera de julgamento por delitos financeiros.
“O sistema penal do nosso país dispõe de procedimentos adequados para estabelecer a verdade nos casos e é administrado corretamente, de modo a garantir os direitos humanos fundamentais. A fuga de um réu em liberdade sob fiança é injustificável”, afirmou, em comunicado emitido ontem (5) a ministra da Justiça japonesa, Masako Mori.
As autoridades japonesas não puderam traçar a saída do território de Carlos Ghosn e, portanto, suspeita-se que ele tenha usado “meios ilegais” para deixar o país, afirmou.
“É extremamente lamentável que tenhamos chegado a essa situação”, acrescentou.
A ministra também confirmou o cancelamento da fiança de Carlos Ghosn e a emissão de um “alerta vermelho” da Interpol para solicitar sua prisão.
“Não sou mais refém de um sistema judicial japonês parcial, onde prevalece a presunção de culpa, a discriminação é generalizada e os direitos humanos não são respeitados”, disse Ghosn um dia após chegar ao Líbano.
Segundo as autoridades turcas, dois estrangeiros ajudaram na fuga de Carlos Ghosn no itinerário até Istambul. Na última quinta, o caso rendeu a prisão de sete indivíduos na Turquia, dos quais quatro são pilotos.
Do Jornal Estadão / Via AFP.
Notícia atualizada em 07/01/2020.
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