A montadora japonesa Nissan Motor admitiu irregularidades nos testes que medem a emissão de poluentes, bem como nos que verificam o nível de consumo de combustível. A adulteração, no entanto, envolve automóveis recém fabricados no Japão.
Divulgada na segunda-feira (9), a notícia fez com que as ações da montadora recuassem 4,56% no pregão de ontem na Bolsa de Valores de Tóquio. Os papéis da Renault recuam 1,63% na bolsa de Paris. A montadora francesa detém 43% de participação na Nissan.
Segundo a Nissan, as irregularidades foram descobertas após a empresa realizar uma revisão dos processos de medição de poluentes e consumo de combustível de carros recém construídos. A auditoria ocorreu após a descoberta, no ano passado, de “inconformidades” nos trabalhos de inspeção dentro das fábricas. Ela declarou que os relatórios das inspeções foram baseados em “valores adulterados”.
“Iniciativas proativas para prevenir a recorrência destes tipos de questões levaram à descoberta destas irregularidades, que a companhia lamenta”, diz trecho do comunicado divulgado.
A Nissan declarou que os resultados da auditoria foram repassados ao Ministério da Terra, Infraestrutura Transportes e Turismo do Japão. Ela informou ainda que contratou um escritório de advocacia para investigar as irregularidades.
Sem informar o número de veículos envolvidos, a segunda maior fabricantes de veículos no Japão adiantou que encontrou evidências de problemas nos exames para medir a emissão de poluentes e a economia de combustíveis em 19 modelos fabricados no Japão.
Em 2016, a Nissan foi multada pelo Ministério de Meio Ambiente da Coreia do Sul em 330 milhões de wons coreanos (cerca de US$ 280 mil), sob acusação de que teria manipulado dados de emissão de poluentes da versão a diesel do utilitário esportivo Qashqai.
Mundo-Nipo
Fontes: Valor Online | Época Negócios.
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