Uma vítima em potencial dos airbags defeituosos da fabricante Tanaka está participando de uma campanha da Honda para ajudar a convencer os proprietários da importância de atender aos recalls. A montadora é um das diversas envolvidas no caso dos “airbags mortais” da fornecedora Takata, que resultaram no meio recall da história.
Stephanie Erdman, uma oficial da Força Aérea dos Estados Unidos, quase perdeu o olho direito, quando o insuflador do seu Civic 2002 explodiu e lançou fragmentos de metal contra seu rosto.
“Não quero que as pessoas passem pelo que eu passei”, afirmou Erdman.
Desde o acidente, ela já passou por quatro cirurgias para remover todos os fragmentos e uma outra para reconstruir a pálpebra com tecido de uma orelha.
Ela ainda sofre de “visão dupla”, dores de cabeça e não consegue dormir direito porque o olho afetado não fecha completamente.
Há 3 anos, Erdman se queixou de que nem a Honda e nem a fabricante da peça, a Takata, tinham feito esforços suficientes para alertar os proprietários sobre o problema.
“Minha visão nunca será a mesma. Eu nunca serei a mesma”, disse. Depois, fez um acordo de indenização que não teve valor revelado. Ela afirma que não está recebendo pelo vídeo, informou a Associated Press.
O vídeo com Erdman aparecerá no Facebook para alguns usuários nos EUA, como parte de uma iniciativa da Honda e da rede social para encontrar os proprietários de veículos com airbags defeituosos da marca Takata.
Mais de 30 milhões de carros em todo o mundo usam esses airbags. Nos EUA, até outubro, 19,6 milhões foram trocados, mas esse montante corresponde a apenas 46% do total, segundo a agência que regula os transportes (NHTSA).
Os infladores de airbag da japonesa Takata estão ligados a pelo menos 18 mortes e 180 feridos em todo o mundo. O defeito de fabricação faz com que eles rompam, disparando fragmentos, incluindo metal, dentro do veículo.
A Honda, cujos automóveis respondem por 17 das 18 mortes registradas em todo o mundo, tem sido de longe a mais agressiva em encontrar clientes afetados.
Os recalls envolvem diversas marcas e mais 2,6 milhões de veículos no país, mas menos de um terço foi consertado. A consequência é que quase 2 milhões de carros rodam com os chamados “airbags mortais”.
A Honda é responsável pela convocação de 1,3 milhão.
Do G1 / Com Agências Internacionais
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