Atualizado em 01/10/2018
Um par de pequenos exploradores robóticos lançados pela sonda espacial japonesa Hayabusa2 fez história ao pousar na semana passada em um asteroide localizado a aproximadamente 300 milhões de quilômetros de distância da Terra. Segundo a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa, na sigla em inglês), é a primeira vez que algo do tipo é feito no espaço.
A Jaxa divulgou imagens tiradas pelos exploradores gêmeos Minerva2 na superfície do asteroide Ryugu, um pedregulho de aproximadamente um quilômetro de diâmetro chamado Ryugu. Para os japoneses, esse nome tem significados mitológicos, visto que Ryugu é o nome do mítico palácio submarino do Deus do Mar, cujas paredes são feitas de coral.
A missão da sonda Hayabusa2 e de seus pequenos exploradores robóticos é obter pistas sobre a formação do sistema solar e a origem da vida, afirmou a agência japonesa.
A Hayabusa2, que em japonês significa “falcão peregrino”, orbita a 20 quilômetros do asteroide, uma distância perfeita para oferecer vistas detalhadas. No dia 21 de setembro passado, os técnicos fizeram com que a sonda descesse a somente cinquenta metros do solo, soltasse seus dois rovers em queda livre e voltasse a subir.
O primeiro pouso de um explorador em um asteroide significa redenção para a Jaxa, que fracassou em uma missão similar em 2005.
Na missão que ocorreu há 13 anos, a sonda anterior também deveria aterrissar um explorador, o Minerva1, no asteroide Itokawa. Infelizmente, a pequena máquina errou o alvo e se perdeu no espaço.
Medindo apenas 18 cm por 7 cm e pesando aproximadamente 1 quilograma, o Minerva2 tem o aspecto cilíndrico e coberto de células fotoelétricas para alimentar seus equipamentos, principalmente câmeras de televisão e medidores de temperatura.
Os pequenos exploradores não têm rodas e pernas, mas possuem tecnologia que permite seus movimentos na superfície rochosa do asteroide que tem baixíssima gravidade; por isso são chamados de rovers. Em seu interior levam um contrapeso acionado por um motor elétrico. Quando esse gira, se desequilibram e dão uma pequena volta. Dessa forma, golpe a golpe, podem ir de um lugar a outro. Mas sem pressa.
A dupla está programada para colher dados, tais como perfurar e medir a temperatura da superfície do asteroide antes do pouso da própria sonda Hayabusa2 no final de outubro. “A sonda principal poderá fazer até três aterrissagens durante sua missão”, explicou a Jaxa.
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A sonda japonesa também carrega um explorador chamado Mascot, que é desenvolvido pelo Centro Aeroespacial Alemão. Ele será lançado no início do próximo mês. Além dele, um terceiro explorador está programado para entrar em ação no próximo ano.
O Hayabusa2 foi lançado em dezembro de 2014 e permanecerá no asteroide Ryugu por cerca de um ano e meio antes de retornar à Terra no final de 2020.
Fontes: Kyodo News | El País.
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