O ministro japonês Yoshitaka Sakurada, líder da pasta responsável pela organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, apresentou nesta quarta-feira o pedido de demissão, após uma série de declarações que colocaram dúvida sobre sua capacidade para o cargo, segundo publicou a imprensa do Japão.
“Sentia que precisava assumir a minha responsabilidade e decidi enviar uma carta de renúncia ao primeiro-ministro Shinzo Abe”, afirmou o agora ex-titular da pasta.
Sakurada vinha sendo alvo da oposição pelas controversas declarações, a mais recente, envolvendo a nadadora Rikako Ikee, diagnosticada com leucemia. O então ministro, ao se manifestar, falou apenas do aspecto esportivo do caso.
“Ela é uma potencial medalhista olímpica, um atleta em que tínhamos grandes esperanças”, afirmou, em fevereiro, para, dias depois, se desculpar.
Também responsável pela área de cibersegurança do governo, Sakurada ainda se colocou em xeque, ao falar sobre requisitos que não tinha para ocupar o cargo.
“Há duas coisas que me deixava envergonhado, desde que me tornei político: não ser capaz de usar um computador e não falar inglês”, revelou o ministro dos Jogos Olímpicos, em dezembro.
Um mês antes, o titular da pasta já havia sido questionado por admitir não saber que um representante da Coreia do Norte estaria em uma reunião, realizada na capital japonesa, com membros de comitês olímpicos nacionais.
Sakurada, que estava no cargo desde outubro do ano passado, também desconhecia que o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, havia apoiado a participação do país vizinho para as Olimpíadas de 2020.
O novo ministro será Shunichi Suzuki, que era o titular da pasta até a reforma no primeiro escalão que aconteceu, justamente, em outubro, no governo.
Com Agência Efe
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