Dólar tem 4ª queda seguida e fecha no menor valor desde outubro

A moeda dos EUA caiu ao patamar de R$ 2,19 pela primeira vez em quase seis meses.

Do Mundo-Nipo

O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira (9), no menor valor em mais de cinco meses, desde 30 de outubro do ano passado, quando a moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 2,192. Trata-se da quarta queda consecutiva. Nas quatro últimas sessões, o dólar acumulou perdas de 3,72%.

O dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,25%, cotado a R$ 2,1975 para a venda. Na máxima do dia, a moeda chegou a ser cotada a R$ 2,2198 e, na mínima, a R$ 2,1905. Na terça-feira (8), o dólar registrou queda de 0,77%.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1 bilhão de dólares.

Nesta quarta, a moeda dos EUA operou em alta durante grande parte do dia, mas passou a cair após a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos). Segundo a Agência Reuters, no encontro de 18 e 19 de março, o Fed decidiu cortar, mais uma vez, em US$ 10 bilhões seu pacote de estímulos, para US$ 55 bilhões mensais.

O diretor administrativo de pesquisa para mercados emergentes do Citi, Dirk Willer, disse, em nota, que “não houve confirmação da declaração de Janet Yellen, presidente do Fed, de que a primeira alta dos juros virá cerca de seis meses após o fim do ‘quantitative easing'”. Segundo a Reuters, ele referia-se ao fato de que a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, divulgada nesta tarde, não trouxe referência ao “horizonte relevante” que separaria o fim do programa de compra de títulos do Fed e a primeira elevação dos juros no país, atualmente perto de zero.

Antes da divulgação da ata, o dólar operou em alta, num movimento de correção após três quedas consecutivas que o levaram a testar o patamar de R$ 2,20.

“Não acredito que o dólar tenha força para cair mais. Parece que R$ 2,20 é um ponto de suporte bastante importante”, disse pela manhã o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.

Alguns especialistas no mercado avaliam que, apesar de ajudarem no combate à inflação, as cotações mais baratas desagradariam o governo, prejudicando as exportações. Apesar disso, o BC tem atuado pesadamente nos mercados de câmbio.

 

Atuações do Banco Central

Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 1,5  mil contratos para 1º de dezembro deste ano e 2,5 mil para 2 de março do próximo, com volume equivalente a  US$ 197,8 milhões.

Além disso, também vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de maio. Com isso, a autoridade monetária já rolou cerca de 23% do lote total para o próximo mês, que equivale a US$ 8,733 bilhões.

Mais cedo, dados divulgados pelo BC mostraram que a autoridade monetária vendeu menos da metade da oferta nos dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra para rolagem que promoveu em março, mês em que a entrada de dólares no país superou a retirada de moeda estrangeira em US$ 2,3 bilhões. Foi o maior ingresso de recursos, para um mês fechado, desde novembro do ano passado, quando a quantia foi de US$ 2,54 bilhões.

As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Forex Pros/Investing.com.

 


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