Inflação no Japão sobe pelo 13º mês consecutivo

O Índice de Preços ao Consumidor do Japão cresceu bem mais que a previsão de mercado.
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Foto: Reprodução / Video Blocks

O principal indicador da inflação ao consumidor no Japão, ou seja, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), avançou em janeiro pelo 13º mês consecutivo na comparação anual, de acordo com relatório disponibilizado pelo governo do país ao final de fevereiro, no que se configurou o primeiro dado de inflação divulgado após o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, reconduzir o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, ao cargo.

O núcleo do CPI, que inclui todos os itens, subiu 1,4% em janeiro ante o mesmo mês do ano passado, de acordo com a leitura inicialmente divulgada em 23 de fevereiro no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão.

O resultado ficou acima da previsão mediana de economistas consultados pelo jornal financeiro Nikkei, que estimavam crescimento anualizado de 1,1% no primeiro mês de 2018.

Na comparação mensal, o núcleo cresceu 0,4% em janeiro em termos sazonalmente ajustados, situando-se em 101,3 pontos contra uma base de 100 estabelecida em 2015. O crescimento mensal também ficou acima da projeção de 0,1% estimada pelo mercado.

Já o núcleo do índice que inclui os produtos derivados de petróleo (energia), mas exclui os preços voláteis de alimentos frescos, subiu pelo 13º mês consecutivo, registrando crescimento de 0,9% em janeiro ante o mesmo mês de 2017 e avançou 0,4% na passagem de dezembro para janeiro. O índice nessa base de comparação ficou em 100,4 pontos.

Enquanto isso, o núcleo do CPI que elimina os efeitos de alimentos frescos e de energia, medida preferida pelo Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês) para avaliar a inflação, registrou alta de 0,4% em janeiro na comparação anual e de 0,1% ante o mês anterior, somando 100,7pontos em janeiro.

O CPI é um dado observado de perto pelos banqueiros centrais japoneses e formuladores de políticas monetárias no trabalho de superar as crônicas deflação e estagnação econômica que atingiram o Japão por uma década num passado recente, por meio da criação de um ciclo virtuoso de salários mais altos, maiores gastos e subida da inflação.

O novo mandato de Haruhiko Kuroda no cargo de presidente do BoJ eleva a responsabilidade do dirigente, que se comprometeu em levar a inflação à meta de 2% em dois anos.

Do Mundo-Nipo
Fonte: Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão.


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