Atualizado em 04/04/2017
O principal indicador da inflação ao consumidor no Japão subiu em fevereiro e apresentou a maior alta na comparação anual em 2 anos, de acordo com o relatório preliminar divulgado na sexta-feira (31) pelo governo do país, indicando que a economia japonesa começa a dar sinais de impulso.
O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, mas inclui energia, subiu 0,2% em fevereiro ante o mesmo mês do ano passado, maior alta do núcleo da inflação na comparação anual desde abril de 2015, de acordo com os números do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do país.
A leitura veio em linha com a previsão dos economistas para o segundo mês do ano. O índice situou-se em 99.6 contra a base de 100 estabelecida em 2010. Na comparação mensal, o CPI não apresentou alteração.
Em relação ao CPI que inclui todos os itens, o índice apresentou alta de 0,3% na base anual e recuo de 0,1% na comparação mensal, situando-se em 99.8 contra a base de 100.
Já o índice que exclui os preços voláteis tanto de alimentos como de energia, a medida preferida do Banco do Japão (BoJ, banco central japonês), cresceu 0,1% na base anual e ficou inalterado na variação mensal, situando-se em 100.3 contra a base de 100.
Quanto à área Metropolitana de Tóquio, o principal núcleo do CPI, que exclui apenas os preços voláteis dos alimentos frescos, apresentou queda tanto na base anual como mensal, de -0,4% e -0,1%, respectivamente. Os dados são preliminares e referentes ao mês de março, disponíveis um mês antes dos dados nacionais.
Os economistas veem os números de Tóquio como um indicador principal das tendências de preços em todo o país, já que é calculado um mês à frente.
Enquanto isso, dados separados mostraram que os gastos dos consumidores tiveram queda de 3,8% em fevereiro, na comparação com igual mês do ano passado. Trata-se da 12ª queda mensal desse indicador.
Dirigentes do banco central e autoridades do governo dizem que o fim da espiral de preços e salários decrescentes é necessário para que a economia japonesa possa crescer com mais força.
*A tabela com os dados completos pode ser conferida no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.
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