Do Mundo-Nipo com Agências
A Bolsa de Valores de Tóquio se recuperou nesta quinta-feira (2), com o Nikkei atingindo sua maior valorização em sete semanas, com os investidores cobrindo posições vendidas após dois dias de persas acentuadas.
O Nikkei 225, índice que reúne as empresas mais negociadas da bolsa japonesa, subiu 277,95 pontos, avanço de 1,46% ante o fechamento anterior, aos 19.312,79 pontos, após postar dois dias seguidos de fortes perdas.
Já o indicador Topix, que agrupa os valores da primeira seção em Tóquio, valorizou 25,18 pontos, alta de 1,65% ante o fechamento de quarta-feira, terminando aos 1.554,17 pontos.
O volume das negociações na sessão principal somou cerca de 2,387 bilhões de ações, ante 2,510 bilhões de ações de quarta-feira.
O movimento de compra no mercado acionário japonês foi forte o suficiente para neutralizar fatores que geralmente levam as ações para o território negativo, como os dados fracos para a economia dos Estados Unidos, bolsas de Nova York em queda e desvalorização do dólar ante o iene.
“As instituições nacionais reservaram o fim de março e o mês de abril para realização de lucros, mas os investidores foram rápidos demais na quarta-feira, em um dia que parecia destinado a uma grande onda de vendas”, disse Kazuyuki Terao, da Allianz Global Investors. “Porém, a firmeza da mercado fez com que eles cobrissem suas posições vendidas”, acrescentou.
O analista destacou ainda o suporte das compras subjacentes do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), por meio de fundos públicos de pensão.
Eiji Kinouchi, analista-chefe da consultoria Daiwa, observou que o índice Nikkei ainda não tinha sofrido uma série de duas quedas seguidas em 2015. “Ainda assim, com a próxima temporada de balanços corporativos dos EUA se aproximando, em meio a uma queda de crescimento do lucro, seria sábio ficar alerta para sinais de desaceleração na rentabilidade”, disse.
Nos EUA, os dados divulgados pela Automatic Data Processing (ADP) mostraram ontem que o setor privado gerou 189 mil vagas em março, abaixo da estimativa dos analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam 225 mil novos postos de trabalho. A decepção contribuiu fortemente para as bolsas de Nova York fecharam em queda.
No noticiário corporativo, a fabricante de medicamentos Takeda Pharmaceutical foi um dos destaques, com ganho 1,2% nas ações, após uma reportagem da agência de notícias Bloomberg propor uma solução para as milhares de reclamações contra um remédio para diabete. As queixas devem custar U$ 2,2 bilhões à companhia. Tal solução “removeria um grande transtorno para a administração”, escreveu o analista do Barclays Atsushi Seki, em nota a clientes.
(Com informações das Agências Estado e Kyodo)
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