Líderes da Defesa de Japão e EUA reafirmam compromisso de segurança

A ministra da Defesa do Japão e o secretário da Defesa dos EUA se reuniram hoje em Tóquio.
Tomomi Inada e Jim Mattis em coletiva de imprensa em Toquio Foto NHK
Jim Mattis e Tomomi Inada em coletiva de imprensa em Tóquio (Foto: NHK)

A ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada, e o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, reafirmaram a aliança dos dois países no setor de segurança. A ratificação do compromisso de Washington em relação ao Japão em temas de defesa, principalmente em relação à ameaça nuclear da Coreia do Norte, ocorreu na manhã deste sábado (4) em Tóquio, onde os dois representantes se reuniram por cerca de 90 minutos.

Após o encontro, Inada e Mattis realizaram uma coletiva de imprensa conjunta, na qual Inada disse que a aliança nipo-americana é importante para assegurar a paz e a estabilidade no Japão e na região Ásia-Pacífico. “Os dois países fortaleceram ainda mais a capacidade de dissuasão da aliança para lidar com contingências”, afirmou.

Por sua vez, Mattis disse que a aliança continua como peça fundamental para a estabilidade na região. Ele afirmou que aliados de longa data como o Japão são de alta prioridade para o governo americano.

O secretário também reconheceu que as polemicas Ilhas Senkaku, no Mar da China Oriental, reivindicadas por Pequim e Taiwan, são controladas por Tóquio e estão cobertas pelo artigo número 5 do tratado de segurança bilateral. O artigo obriga os Estados Unidos a defenderem o Japão de qualquer tipo de ameaça externa.

Inada disse que o custo da manutenção de tropas americanas no Japão ainda não foi discutido. Contudo, ela destacou que o Japão desembolsa sua parcela apropriadamente, em linha com acordos bilaterais.

O modelo de partilha de custos entre Japão e Estados Unidos foi ressaltado por Mattis na coletiva.  Ele disse que “a forma com que os dois governos lidam com os custos é um exemplo a ser seguido por outras nações”, observando que o orçamento japonês para a defesa aumentou sob a liderança do primeiro-ministro Shinzo Abe, à medida que a situação da segurança deteriorou na região.

Durante sua campanha eleitoral, o presidente americano, Donald Trump, argumentou que o Japão deveria cobrir 100% dos custos de mobilização de forças americanas no país, o que foi amplamente criticado pela população e governo de Okinawa, ilha no extremo sul do Japão e onde os EUA mantêm a maior parte de suas bases aéreas em território japonês.

Fontes: NHK News Japan | Agência Kyodo.

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