Anunciado ontem (4) como o novo titular do Ministério da Justiça do Japão, Katsutoshi Kaneda defendeu a pena de morte no Japão, afirmando que é ela um “castigo inevitável” para “crimes hediondos”, segundo informou a imprensa japonesa nesta nesta quinta-feira (4).
“É inevitável aplicar a pena de morte a uma pessoa que tenha cometido um crime cruel e com clara responsabilidade penal”, afirmou Kaneda, de 66 anos, nas suas primeiras declarações como titular da pasta da Justiça, citadas pelo jornal ‘Sankei’.
Contudo, Kaneda destacou a necessidade de “ter prudência” na hora de emitir ordens de execução, assim como de considerar “a opinião pública e a concepção de justiça social” para aplicar este tipo sentença.
O novo ministro acrescentou que seu principal objetivo como ministro da Defesa é “tornar o Japão o país mais seguro do mundo”, destacou o jornal japonês.
De acordo com a agência de notícias Kyodo, Kaneda já ocupou um alto cargo no Ministério das Finanças e, antes de ser nomeado para chefiar a pasta da Justiça, atuava como deputado do conservador Partido Liberal-Democrata (PLD) na Câmara Alta do Parlamento japonês.
Pena de morte no Japão
Os Estados Unidos e o Japão são os únicos países industrializados que ainda aplicam a pena de morte. As mais recentes execuções no Japão ocorreram em março passado, quando foi aplicada a pena capital a dois condenados por múltiplos homicídios, o que aumentou para 16 o número de execuções desde que o primeiro-ministro Shinzo Abe assumiu o poder, em dezembro de 2012.
No Japão, a pena de morte é aplicada através da forca. Os réus são informados de que serão executados poucas horas antes do “enforcamento”, o que é criticado por organizações de defesa dos direitos humanos.
As organizações têm regularmente pressionado Tóquio para abolir a pena de morte, enquanto o governo insiste que é necessário debater a questão dado o apoio majoritário no país – segundo pesquisas, cerca de 80% apoiam a pena de morte.
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