Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira (6), interrompendo duas sessões seguidas de alta, com o relativo bom humor do mercado interno em relação à equipe do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, compensando o quadro de aversão ao risco nos mercados externos diante da persistente queda dos preços do petróleo e preocupações com a Grécia, conforme noticiou a Agência Reuters.
Ao término da sessão, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 2,7019 na venda, queda de 0,25%, após chegar a R$ 2,7240 na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão.
Operadores de câmbio esperam que o dólar fique girando em torno de R$ 2,70. Isso porque o cenário externo continua muito conturbado, diante de temores relacionados à Grécia, que no próximo dia 25 realiza eleições gerais antecipadas, o que pesa na estagnação econômica e risco de deflação na zona do euro. Além disso há grande preocupação com a continuidade da desvalorização do petróleo, que hoje renovava as mínimas em cinco anos e meio.
Investidores também seguiram atentos à política monetária norte-americana. Na quarta-feira, será divulgada a ata da última reunião do Federal Reserve, na qual o banco central norte-americano prometeu ser “paciente” ao elevar os juros.
No Brasil, o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, disse à Reuters que hoje houve um alívio em função do bom humor com a equipe do Levy. Entretanto, ele acredita que o dólar não caia mais do que isso, estimando R$ 2,70 como patamar informal e provisório da moeda.
Na véspera, Levy anunciou Marcelo Barbosa Saintive como o novo secretário do Tesouro Nacional, no lugar de Arno Augustin, e Jorge Rachid para a Receita Federal. Os nomes foram bem recebidos pelo mercado, que vem buscando sinais de comprometimento com as metas fiscais, em meio ao quadro de inflação alta e crescimento baixo.
Mas investidores ainda mostravam dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir a meta de superávit primário equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Além disso, dúvidas sobre a disposição da presidente Dilma Rousseff de aceitar medidas de contração fiscal limitavam o bom humor, de acordo com a Reuters.
Atuações do Banco Central no câmbio do dólar
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 2 mil swaps pelas atuações diárias, após reduzir pela metade a oferta neste ano. Foram vendidos 1,2 mil contratos para 1º de setembro e 800 para 1º de dezembro de 2015, com volume correspondente a US$ 98 milhões.
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a US$ 10,405 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 14%.
(As informações sãos das agências Jiji Press e Kyodo)
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