O número de trabalhadores estrangeiros do Japão teve crescimento recorde em 2016 e, pela primeira vez, superou a marca de um milhão, de acordo com um relatório revisado e divulgado pelo governo do país na última sexta-feira (03).
No total, 1.083.769 estrangeiros trabalhavam no Japão até o fim de outubro do ano passado, um aumento de 19,4% com relação a 2015, estabelecendo assim um recorde, indicou o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar Social em relatório detalhado sobre o perfil da mão de obra estrangeira no país.
Este aumento reflete a chegada de estudantes e trabalhadores qualificados vindos do exterior, indicou o Ministério.
Entre os trabalhadores estrangeiros, os chineses representam, como sempre, a maior parcela, com 344.658, alta de 6,9% em relação ao ano anterior. Os vietnamitas pularam para segundo, somando 172.018, enquanto filipinos totalizaram 127.518, alta de 56,4% e de 19,7%, respectivamente, na comparação com 2015.
Os brasileiros representam o quarto maior grupo de trabalhadores estrangeiros no país, com 9,8% do total. Segundo o ministério, houve crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior, totalizando 106.597 brasileiros em 2016 ante os 96.672 registrados em 2015.
O Japão registra há algumas décadas um envelhecimento de sua população e, consequentemente, enfrenta falta de mão de obra, pelo qual o primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou reformas na legislação de imigração, uma medida que visa, entre outras razões, responder à demanda da mão de obra na construção por conta dos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio.
Contudo, apesar do envelhecimento populacional, o Japão se mantém reticente à acolhida em massa de estrangeiros. Isso porque o país é notório pela xenofobia e onde menos de 2% da população é imigrante, somando cerca de 2,3 milhões, segundo dados recentes da Agência de Imigração, órgão do Ministério da Justiça do país.
Fontes: Agência France Presse | Agência Kyodo | NHK News.
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