A família de um estudante que cometeu suicídio em uma universidade na cidade de Kunitachi, em Tóquio, entrou com um processo contra a instituição e um aluno, alegando que o jovem tirou a própria vida por ter sido vítima de homofobia, informou neste sábado o jornal ‘Sankei’.
De acordo com a publicação, o suicídio ocorreu em agosto de 2015. Depois de passar por uma série de constrangimentos, o estudante pulou do prédio da Universidade Hitotsubashi, onde cursava mestrado.
O jovem vinha sofrendo discriminação por conta de uma declaração amorosa que fez a um colega universitário. Segundo o ‘Sankei’, o estudante teria feito tal declaração em abril de 2015.
Dois meses depois, o colega heterossexual tornou pública a orientação sexual do rapaz. Ele teria usado a rede social Line, onde contou o ocorrido para outros 10 universitários da instituição.
A partir de então, o jovem passou a ser vítima de homofobia e discriminado por outros colegas, o que o levou a cometer suicídio dentro da própria instituição, em agosto, dois meses após sua orientação sexual se tornar pública.
O universitário que recebeu a declaração amorosa admitiu ser responsável por tornar público o ocorrido, enquanto a administração da Universidade se defendeu, alegando que “não cometeu erros no tratamento do caso”, detalha o ‘Sankei’.
Agora, um ano após o ocorrido, os pais do jovem entraram com um processo contra a Universidade Hitotsubashi e o universitário que causou o incidente. Segundo o ‘Sankei’, a família pediu 3 milhões de ienes, aproximadamente 93 mil reais, em indenização.
No processo, os pais alegam que a universidade não tratou de forma adequada a questão, que perdurou por meses e causou sérios danos psicológicos ao filho, culminou em suicídio, conforme noticiou o jornal japonês.
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