O governo do Japão emitiu um forte protesto neste sábado (6) à embaixada da China em Tóquio, expressando seu descontentamento após pós navios de guarda costeira da China e mais de duas centenas de embarcações de pesca navegarem ao lardo das ilhas Senkaku, no Mar do Leste da China, que é considerado pelo Japão como suas águas territoriais, aumentando as tensões entre os dois países sobre a área em disputa.
Três dos seis navios da guarda costeira chineses que estavam nas chamadas águas contíguas neste sábado pareciam estar armados, disse a guarda costeira do Japão, acrescentando que 230 pesqueiros chineses foram avistados no local em menos de um mês.
De acordo com agência de notícias Reuters, esse último incidente acontece em meio ao aumento das tensões entre os dois países depois de um tribunal de arbitragem em Haia decidir, no mês passado, que a China não tem direito histórico sobre as águas do Mar do Sul da China, e que o país violou os direitos soberanos das Filipinas com ações no local.
Segundo a emissora pública ‘NHK’, o diretor-geral do Departamento de Assuntos da Ásia e da Oceania da chancelaria japonesa, Kenji Kanasugi, manifestou um forte protesto neste sábado através de uma ligação telefônica para um ministro conselheiro da Embaixada da China em Tóquio. Kanasugi expressou seu descontentamento ao ministro, afirmando que a presença constante de embarcações chinesas na região poderia aumentar a tensão entre os dois países, e “são totalmente inaceitáveis ao Japão”.
O protesto do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão acontece pelo segundo dia consecutivo. Ainda de acordo com a ‘NHK’, na sexta-feira (5), o vice-ministro administrativo da chancelaria japonesa, Shinsuke Sugiyama, convocou o embaixador da China no Japão, após um navio de patrulha e seis barcos pesqueiros chineses terem entrado nas águas territoriais japonesas nas proximidades das ilhas em disputa na manhã do mesmo dia.
Fontes: Agência Reuters | NHK News Japan.
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