O dólar interrompeu uma sequência de três sessões seguidas de alta e fechou em queda superior a 2% nesta terça-feira (6), influenciado por dados abaixo do esperado a economia dos EUA e pela ata da reunião sobre juros divulgada pelo Banco Central brasileiro.
A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 3,2081 na venda, queda de 2,26%. Trata-se da menor cotação da moeda americana desde o dia 22 de agosto.
Como resultado, a moeda passou a acumular queda de 0,66% em setembro. No ano, o dólar tem desvalorização de 18,74% ante o real.
Cenário externo
O dólar passou a cair com força ainda pela manhã, após a divulgação de dados que apontaram atividade abaixo do esperado no setor de serviços nos Estados Unidos.
Com o resultado, investidores aumentaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode adiar a decisão de subir os juros no país.
Na sexta-feira, dados sobre o emprego nos Estados Unidos mais fracos do que o esperado já haviam alimentado essa percepção.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.
Segundo o ‘Valor Online’, investidores também estão aguardando a reunião do Banco central Europeu (BCE) na quinta-feira. A expectativa é que o BCE amplie as medidas de estímulo, mantendo o ambiente favorável para ativos de risco.
Mercado interno
Investidores analisavam o conteúdo da ata do último encontro do Banco Central sobre juros, divulgada pouco antes da abertura do mercado.
No documento, o BC sinalizou que pode começar a reduzir a taxa básica de juros, Selic, em breve. Parte do mercado entende que isso pode ocorrer em outubro, no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Mesmo assim, a taxa (14,25%) deve continuar sendo mais atrativa em relação a outros países, segundo operadores, e deve continuar atraindo investidores estrangeiros.
Segundo a Reuters, investidores adotavam, entretanto, relativa cautela diante do contexto político ainda conturbado no Brasil. Para o mercado, o presidente Michel Temer ainda não foi capaz de convencer de que vai conseguir aprovar as reformas fiscais.
A manhã, os mercado financeiro local estará fechado por conta do feriado do Dia da Independência do Brasil, em 7 de setembro, o que levou os investidores a para antecipar operações, segundo o ‘Valor Online’.
Atuação do Banco Central no câmbio
Nesta manhã, o Banco Central seguiu com o ritmo de oferta de swaps cambiais reversos e vendeu mais 10 mil contratos, o equivalente a uma compra de US$ 500 milhões no mercado futuro (compra futura de dólares).
Fontes: Agência Reuters | Valor Online | UOL Economia.
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