Atualizado em 07/02/2019 – às 10h32
Pelo menos 5 pessoas morreram e outra está desaparecida em consequência de uma potente tempestade com ventos muito fortes, superior a 110 km/h, que atingiu o Rio de Janeiro na noite de quarta-feira (6). A tempestade provocou o caos no Grande Rio: derrubou árvores e postes, causou apagões, destruiu casas, alagou vias e até bairros inteiros, o que levou a cidade a entrar em “estágio de crise”, com a Prefeitura recomendando aos moradores a evitar sair de casa.
Na Avenida Niemeyer, dois ônibus foram atingidos por deslizamento de terra e queda de árvore. Em um deles, uma mulher morreu e outra pessoa é procurada. O motorista deste ônibus conseguiu sair do veículo e teve escoriações.
O prefeito Marcelo Crivella confirmou que a situação mais crítica é na Niemeyer, onde houve deslizamento de terra. “Vai demorar mais de um dia inteiro para normalizar”, disse.
Duas pessoas morreram em Barra de Guaratiba, uma na Rocinha, uma no Vidigal e uma na Avenida Niemeyer. Um morador do Vidigal, que teve a casa destruída pela chuva, relatou o resgate às vítimas: “Foi desesperador”, contou ele ao jornal da Rede Globo “Bom Dia Brasil”.
Segundo o jornal, o volume de chuva que caiu em apenas quatro horas foi equivalente ao esperado para chover o mês inteiro de fevereiro no Rio de Janeiro.
Resumo
• A tormenta começou por volta das 20h30, quando o Rio entrou em estágio de atenção;
• Às 22h15, passou para o estágio de crise;
• Duas pessoas morreram em Barra de Guaratiba, uma na Rocinha, uma no Vidigal e uma na Avenida Niemeyer;
• Uma pessoa está desaparecida na Avenida Niemeyer. Ela estava em um ônibus que foi atingido. Na avenida, um novo trecho da ciclovia Tim Maia desabou com deslizamento de terra. A via está interditada;
• Mais de 170 árvores caíram, segundo a Prefeitura do Rio. Algumas delas esmagaram automóveis, derrubaram postes, fiações elétricas e causaram apagões;
• Às 8h30 de hoje eram 10 pontos de alagamento nos bairros do Leblon, Barra da Tijuca, Gávea, Ipanema, Itanhangá, Botafogo e São Conrado;
• Registraram-se rajadas de 110 km/h no Forte de Copacabana, o que caracteriza tempestade violenta;
• Dezenas de carros foram arrastados pelas enxurradas em via e ruas alagadas;
• 11 bairros ainda estão sem luz e/ou inundados, principalmente em Rio das Pedras e na Muzema, que ainda se encontravam com praticamente sibmersos até às 8h de hoje;
• Humaitá, Gávea e Vila Izabel são os bairros mais afetados por quedas de árvores;
• A tempestade deixou o mar muito agitado e um veleiro foi parar na areia na Praia do Arpoador;
• Chove fraco nesta manhã, e há pontos de alagamento na Barra e em alguns bairros na Zona Sul;
• A previsão é de mais chuva hoje, mas não tão forte quanto a da quarta-feira.
• Marcelo Crivella decretou luto oficial de três dias pelas mortes;
Defesa Civil
Das 19h da quarta-feira às 6h desta quinta-feira, a Defesa Civil recebeu 104 chamados para vistorias por causa das chuvas. Ainda de acordo com os agentes, bairros de maior demanda são: Barra da Tijuca (12 chamados), São Conrado (7), Itanhangá (7), Freguesia (5), Rocinha (5) e Vidigal (4).
Entre as principais ocorrências, estão desabamentos de estrutura, ameaças de desabamento, rachaduras e infiltração em imóveis, e deslizamento de encosta.
A Defesa Civil recomenda que os moradores se cadastrem no serviço gratuito de alertas via SMS. Basta enviar o CEP do imóvel para o número 40199, por mensagem de texto.
O órgão também pede para que as pessoas evitem sair de carro, visto que há bolsões de águas em vários pontos da cidade, bem como um grande número de semáforos com problemas, o que está causando transtorno no trânsito da cidade.
Telefones úteis
193 (Corpo de Bombeiros), 199 (Defesa Civil, que deve ser informada sobre riscos de desabamento).
Estágio de crise
“Estágio de crise” é o grau mais forte de alerta em casos de desastres na cidade. Ele Indica que, pelo menos, uma grave ocorrência ou um evento inesperado de grande porte está causando algum tipo de transtorno em uma ou mais regiões da cidade. Ou ainda um temporal que eleve o índice pluviométrico e o risco de deslizamento nas encostas.
MN – Mundo-Nipo
Fontes: Portal G1 | Globo News.
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