Atualizada em 07/03/2018 – às 22h17
A atividade vulcânica se intensificou no Monte Shinmoedakee, em Kyushu, no sul do Japão, depois que uma série de erupções teve início ontem (6) no vulcão, lançando fumaça até 3 mil metros de altura, foi a primeira grande erupção do monte em sete anos.
O Shinmoedakee tem apresentado um número crescente de erupções desde a quinta-feira. Porém, explosões vulcânicas com fluxo piroclástico tiveram início na terça-feira, o que tem provocado o aumento das nuvens de cinzas.
De acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês), potentes erupções explosivas ocorreram sete vezes entre 14h30 e 22h de terça e mais 22 vezes até as 9h30 desta quarta (7). As fortes erupções de ontem lançaram uma cortina fumaça a uma altura de 3 mil metros.
A cinza vulcânica caiu em uma ampla região e a situação piora a medida em que os ventos empurram a fumaça negra para áreas próximas. Esse cenário representa sério risco à saúde, uma vez que a fumaça é constituída por gases altamente tóxicos.
Diante do aumento das atividades vulcânicas, a JMA está alertando as pessoas a ficar longe da montanha de 1.421 metros e advertindo que grandes rochas podem ser expelidas até uma distância de 3 quilômetros, enquanto fluxos piroclásticos compostos de cinza chegam até 2 quilômetros de distância.
Apesar do perigo, o órgão não elevou o nível de alerta, mantendo em 3 o nível dentro de uma escala que vai de 1 a 5.
O nível 3 significa que as pessoas devem manter distância da montanha, mas não implica na evacuação imediata das povoações mais próximas. Contudo, a JMA explicou que há grande possibilidade desse nível subir, o que implicará em uma possível evacuação.
Autoridades locais estão com as atenções voltadas para uma escola do ensino fundamental situada no sopé do monte, a pouco mais de 10 quilômetros da cratera. Segundo a emissora pública ‘NHK’, crianças usando capacete e máscara de proteção foram observadas a caminho da escola na manhã desta quarta-feira (hora local).
O Monte Shinmoedake é um dos 110 vulcões ativos do Japão. Ele se estende entre as províncias de Kagoshima e Miyazaki e faz parte da cordilheira Kirishima, que abriga um conjunto de vulcões na ilha de Kyushu, no sul do arquipélago japonês.
O vulcão não registrava uma grande erupção desde março de 2011, quando explodiu pela primeira vez em mais de meio século.
Do Mundo-Nipo
Fontes: NHK News | Kyodo News.
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