O dólar subiu pela terceira sessão seguida, fechando em alta superior a 2% nesta quinta-feira, cotado no maior patamar em dois anos e três meses. A moeda dos EUA subiu fortemente mesmo com o reforço do Banco Central na intervenção do câmbio mais cedo.
Ao término das negociações, o dólar registrava alta de 2,25%, cotado a R$ 3,9233 na venda – maior cotação desde o dia 2 de março de 2016, quando o fechou vendido a R$ 3,8885. Na máxima do dia, a moeda dos EUA alcançou R$ 3,9674.
Somente nas três últimas sessões, a divisa norte-americana já valorizou mais 4,7% ante o real.
O mercado financeiro viveu um dia de forte turbulência e sinais de um movimento especulativo, com o dólar disparando e a bolsa em forte queda. Apesar de ter se intensificado, a tendência negativa já vinha presente no mercado financeiro nas últimas semanas, em meio a incertezas sobre a recuperação da economia e dúvidas sobre o cenário eleitoral.
Turbulências nos mercados externos e a greve dos caminhoneiros agravaram esse movimento, mas nesta quinta há ainda rumores de movimentos especulativos piorando o cenário.
Além disso, pesquisas eleitorais têm mostrado dificuldade dos candidatos que o mercado considera como mais comprometidos com ajustes fiscais de ganhar tração na corrida presidencial.
Atuação do Banco Central no câmbio do dólar
Com a alta do dólar, o BC vem atuando com mais força nos mercados. Nesta sessão, anunciou que vendeu integralmente a oferta de até 40 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Mas a intervenção não foi suficiente para conter a disparada da moeda nesta tarde.
Mais cedo, a autoridade monetária já havia vendido integralmente outro lote de até 15 mil novos swaps, injetando com esses dois leilões US$ 6,866 bilhões neste mês no mercado.
O BC também vendeu integralmente a oferta de até 8.800 swaps para rolagem, já somando US$ 2,2 bilhões do total de US$ 8,762 bilhões que vence em julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, rolará integralmente o volume.
Fontes: Agência Reuters | G1 Economia.
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