Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em alta de quase 1% nesta quinta-feira (7), fechando na casa de R$ 2,29 pela primeira vez em quatro meses, influenciado pelas crescentes tensões entre a Rússia e o Ocidente, e as incertezas no Brasil, que puxaram para cima a moeda norte-americana.
O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,98%, cotado a R$ 2,2959 para venda, após registrar alta de 0,89% na véspera. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1 bilhão, abaixo da média diária do mês passado, de US$ 1,2 bilhão.
É a primeira vez em mais de quatro meses que a moeda norte-americana passa de R$ 2,29. A última vez foi em 26 de março, quando encerrou a R$ 2,308. Com isso, na semana, o dólar acumula alta de 1,57% na semana e, no mês, de 1,15%. No ano, porém, há desvalorização de 2,61%.
De acordo com a agência de notícias Reuters, as incertezas globais e internas devem manter dólar em níveis altos no curto prazo.
“O cenário externo está complicado; aqui, temos eleições; e, historicamente, costuma haver mais procura por dólares na segunda metade do ano. Tudo indica que o dólar vai continuar pressionado por enquanto”, afirmou um superintendente de câmbio à Reuters.
No início da tarde, a agência de notícias AFP relatou que um jato militar foi derrubado em área ocupada por rebeldes pró-Moscou no leste da Ucrânia. O clima de preocupações já vinha de cedo, após a Rússia anunciar, pela manhã, sanções contra potências ocidentais.
No cenário interno, investidores aguardam a divulgação de pesquisa eleitoral do Ibope, que deve ser ocorrer ainda nesta quinta-feira. Os mercados têm demonstrado desconfiança sobre a condução da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição em outubro.
Com o resultado de hoje, a divisa dos EUA afastou-se ainda mais do patamar de R$ 2,25, após superar essa resistência na semana passada. O dólar vinha oscilando entre R$ 2,20 e R$ 2,25 desde o início de abril, com breves exceções. Até então, o mercado estava vendo Essa banda confortável para Banco Central brasileiro, por não ser inflacionária e também por não prejudicar as exportações.
Entretanto, alguns analistas acreditarem em uma elevação dessa banda informal, entre R$ 2,25 e R$ 2,30. “Parece que o BC está confortável com o dólar nesse patamar, o que significa que não tem muitos incentivos para o dólar voltar a cair”, disse o um superintendente de uma gestora nacional de recursos à Reuters, acrescentando que, mesmo com a recente valorização do dólar, o BC não intensificou sua intervenção diária no mercado.
Atuações do Banco Central no câmbio do dólar
Nesta sessão, vendeu a oferta total de até 4 mil contratos nas rações diárias. Todos os swaps vendidos vencem em 2 de fevereiro de 2015 e equivalem a US$ 199,0 milhões.Também foram ofertados contratos para 1º de junho, mas nenhum foi vendido.
O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 16% do lote total, que corresponde a US$ 10,070 bilhões.
As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.
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