O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão entre outubro e novembro de 2015 foi revisado com retração de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, um resultado melhor do que a leitura preliminar, que apontava queda anualizada de 1,4% no mesmo período, indicou nesta terça-feira (8) o governo do país.
Embora os dados tenham vindo melhor que a previsão de mercado, que estimavam revisão de recuo para 1,5%, eles não aliviam as fortes preocupações com a retração da economia japonesa, que corre o risco de cair em mais uma recessão, apesar dos esforços do primeiro-ministro Shinzo Abe em impulsionar o crescimento.
Divulgados pelo Escritório do Gabinete do Governo Japonês, os dados revisados mostram ainda que a terceira economia do mundo encolheu 0,3% na comparação com o trimestre anterior, um ponto abaixo do recuo de 0,4% projetado por economistas.
Em relação ao PIB em 2015, a taxa foi revisada para crescimento de 0,5%, o que representa uma leitura melhor que a preliminar, que apontava crescimento de 0,4%.
Segundo o governo, o consumo doméstico (que representa 60% do PIB japonês) foi o principal responsável pela retração da economia no quarto trimestre. Essa avaliação é porque dados revisados mostraram que o consumo privado contraiu 3,4% no último trimestre de 2015 quando comparado com o mesmo período do ano anterior. A estimativa preliminar apontava retração de 3,3%.
Um gama de indicadores ruins em 2015 e no início de 2016 tem gerado dúvidas sobre a efetividade do agressivo programa de reforma econômica impulsionado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe.
As preocupações aumentaram porque o país corre sério risco de entrar em recessão caso a economia japonesa sofra mais uma retração no próximo trimestre – a recessão se configura quando a economia (PIB) de um país encolhe por dois trimestres consecutivos.
Os dados ressaltam os desafios que o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, continuará enfrentando para fazer o país voltar a crescer, já que as exportações para os mercados emergentes não conseguem ganhar impulso suficiente que compensem a fraca demanda doméstica.
Além disso, a queda das ações e a forte alta do iene foram um duro golpe para o novo programa de crescimento econômico implantado por Abe no início de 2016.
(Com Agência Kyodo)
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