Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em queda de mais de 1% ante o real nesta terça-feira (8), mas se manteve no patamar de R$ 3,80, depois de praticamente seis sessões consecutivas de alta e de renovar, na sexta-feira (4), sua máxima em 13 anos. O ambiente externo mais disposto ao risco e a intervenção do Banco Central no câmbio compuseram o cenário para a queda da divisa nesta sessão.
A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 3,8190 na venda, recuo de 1,07%. Na mínima do dia, a moeda chegou a cair 2,10%, cotada a R$ 3,7793.
Trata-se da maior queda percentual diária desde 27 de agosto, dia em que terminou em baixa de 1,32%. Entre essa data e a última sexta-feira, a moeda subiu 8,64%, renovando sucessivas vezes as máximas em 13 anos.
Mesmo com o significativo recuo, a cotação do dólar segue em nível muito elevado, não distante da máxima superior a R$ 3,86, alcançada na sexta-feira, diante da fragilidade do quadro político-econômico no Brasil.
O reforço na intervenção do Banco Central vem em meio à escalada da moeda norte-americana diante de preocupações com a deterioração das contas públicas do Brasil, que poderia provocar a perda do selo de bom pagador do país, e com a desaceleração da economia chinesa. Nesta sessão, contudo, as bolsas chinesas subiram quase 3%, trazendo de volta a demanda por ativos de maior risco, como aqueles denominados em reais.
De forma geral, o leilão de venda de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra realizado hoje pelo BC ajudou muito mais a emitir um sinal sobre a postura da autoridade monetária no câmbio do que exatamente serviu para suprir necessidade de liquidez por parte dos bancos, que por ora parece bastante controlada.
Nesse contexto, a aposta é que o BC tenha agido para tentar conter a sequência de altas do dólar, que vinha subindo em sessões de baixo volume de negócios e mostrando mais força contra o real do que em relação a outras divisas emergentes. O dólar se aproximou na sexta-feira do patamar de R$ 3,90, em alta de quase 3%.
Atuações do Banco Central
O Banco Central aumentou hoje a intervenção no mercado de câmbio, ofertando até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015, em dois leilões. Na segunda-feira da semana passada, o BC já havia feito um leilão de linha, com oferta de até US$ 2,4 bilhões.
Além disso, o BC deu continuidade aos leilões de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em outubro.
Ao todo, o BC já rolou US$ 2,278 bilhões, ou cerca de 24% do total de US$ 9,458 bilhões. Se continuar neste ritmo, vai recolocar todo o lote até o fim deste mês. Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com informações das Agências Reuters e Valor Online)
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