A polícia da província de Aichi, no sul da região de Chubu, centro do Japão, prendeu no último domingo (5) três pessoas, entre elas um brasileiro e dois peruanos, suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas no país. O brasileiro, Fábio Kian Sartori, de 39 anos, já tinha sido detido em janeiro deste ano, suspeito de furtar um carro que era alvo de uma investigação policial.
Segundo noticiou hoje (9) o portal ‘G1’, citando a emissora japonesa ‘CBC TV’ como fonte, os dois peruanos, Ivan Araki Yamamoto, de 38 anos, e a compatriota Fanny Fumiko Nagahama Girón, de 44 anos, além do brasileiro preso, eram investigados por suspeita de envolvimento no tráfico de cocaína desde abril do ano passado.
Na época, a polícia japonesa prendeu um outro peruano de 56 anos com um montante de droga que seria vendida por um valor equivalente a 2 milhões de ienes (cerca de R$ 27 mil). Foi graças a essa investigação que os oficiais acabaram descobrindo os três sul-americanos.
Um mês antes de o traficante peruano ser detido, o trio havia combinado de entregar cocaína e outras drogas a uma outra pessoa, possivelmente ligado ao mesmo grupo, acredita a polícia, de acordo com o ‘G1’.
Segundo com o jornal japonês ‘Chunichi’, o caso teria ocorrido em 24 de março do ano passado, dentro de um estacionamento na cidade de Chita.
O brasileiro, que já havido sido detido em 11 de janeiro deste ano por furtar um carro, agora é também suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas.
Ainda de acordo com a publicação do ‘Chunichi’, a polícia local informou que, na delegacia, Kian negou parte das suspeitas alegando que “apenas ajudou” os peruanos. Já os peruanos negam qualquer tipo de participação no crime.
O brasileiro ficará pelo menos duas semanas na prisão sem receber visita e proibido de conversar com outras pessoas. Enquanto isso, a Polícia de Aichi está investigando os pertences dele para saber se há mais pessoas envolvidas no esquema.
O ‘G1’ apurou que o brasileiro viveu boa parte da infância entre os municípios vizinhos de Itariri, na região do Vale do Ribeira, e Peruíbe, no litoral de São Paulo, onde alguns parentes moram até hoje.
“Ele viajou para o Japão há cerca de 20 anos para ‘tentar a vida’ e, desde então, voltou pouco para o Brasil”, contou ao ‘G1’ um amigo de infância, que preferiu não se identificar.
Procurada nesta quarta-feira (9) pelo ‘G1’, a família de Kian no Brasil não quis comentar o caso.
Descubra mais sobre Mundo-Nipo
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.