O número de falências de empresas no Japão caiu mais de 9% no primeiro semestre de 2014. É o nível mais baixo em 23 anos e se encaminha para o quinto ano consecutivo de queda, de acordo com um relatório da Tokyo Shoko Research, uma das maiores empresas de pesquisa de crédito do Japão.
Divulgado na terça-feira (8), o relatório mostra que 5.073 empresas faliram nos seis primeiros meses deste ano, queda de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O montante total dos passivos caiu 41,4%, para US$ 10,4 bilhões.
Apesar da queda, a consultora diz que a crescente falta de mão de obra que assola o país nos últimos anos tem afetado algumas empresas.
A escassez de trabalhadores aliada ao aumento dos salários tem colocado mais pressão sobre muitas empresas, principalmente as do setor de construção, destacou a Tokyo Shoko Research em seu relatório.
Do total de falências registradas de janeiro a junho, dez empresas faliram porque tiveram dificuldade em contratar trabalhadores, enquanto outras 10 começaram a ter problemas financeiros por causa da alta dos custos trabalhistas.
O problema é reflexo da reforma econômica do primeiro-ministro Shinzo Abe, conforme indicou recentemente Rintaro Tamaki, o economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Na semana passada, Tamaki alertou o Japão para a falta de debate sobre desigualdade que, segundo ele, ocorre em um momento de aumento na diferença de renda no Japão, que surge como consequência das políticas do premiê japonês para impulsionar a inflação.
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