A cidade de Nagasaki, no oeste do Japão, realizou nesta terça-feira (9) uma cerimônia no Parque da Paz para lembrar o 71º aniversário da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos no final da Segunda Guerra Mundial.
A cerimônia teve início às 10h35 (22h35 de segunda, 8, em Brasília). As 11h02, hora exata em que a bomba “Fat man” explodiu sobre a cidade, os participantes dedicaram um minuto de silêncio às vítimas do ataque. Nesse momento, se ouviu as tradicionais badaladas do chamado Sino da Paz, em homenagem às vítimas.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e representantes de 53 países e territórios, além de cerca de 5.600 pessoas, compareceram ao evento.
Na declaração de paz deste ano, o prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, conclamou líderes mundiais para uma visitar a cidade, mencionando a visita histórica do presidente americano Barack Obama a Hiroshima, em maio. Taue exortou líderes de países com armas nucleares a participar de discussões sobre estruturas legais em prol da abolição desse tipo de armamento.
Por sua vez, o premiê Abe afirmou que o Japão vai continuar reiterando a importância da manutenção e do reforço do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Abe também pediu cooperação de todas as nações do planeta, tendo ou não armas nucleares, em um esforço para alcançar um mundo livre desse tipo de armamento.
O líder japonês exortou ainda líderes mundiais e jovens a aprender sobre o sofrimento causado pelo bombardeio atômico.
Este dia é uma oportunidade para que Nagasaki renove seu clamor pela abolição das armas nucleares, em meio ao declínio do número de sobreviventes da bomba atômica, chamados em japonês de “hibakusha”.
Em 6 de agosto de 1945, às 08h15 local, um bombardeiro norte-americano B-29, batizado “Enola Gay”, lançou a bomba nuclear “Little Boy” sobre a cidade de Hiroshima. Três dias depois, em 9 de agosto, outra bomba atômica, a “Fat Man, destruiu Nagasaki, levando à rendição do Japão em 15 de agosto e ao fim da Segunda Guerra Mundial após seis anos de conflito.
As duas explosões mataram cerca de 150 mil pessoas, sem contar com os milhares de vítimas que viriam a morrer mais tarde, vítimas dos efeitos das radiações.
Com Agência Kyodo
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