Economia do Japão cresce mais que o esperado no 2º trimestre

O avanço maior que o estimado vai dar munição para o Japão manter o plano de aumentar o imposto sobre consumo em outubro.
Pessoas no centro comercial de Ginza, em Tóquio | Foto: Reprodução/Kyodo
©Kyodo

A economia japonesa avançou em um ritmo maior que o estimado no período de abril a junho, marcando o terceiro trimestre consecutivo de crescimento, indo contra expectativas de crescimento fraco devido, em grande parte, a guerra comercial travada entre China e Estados Unidos.

Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,4% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano, mostraram dados divulgados pelo Escritório do Gabinete Japonês nesta sexta-feira (9).

A leitura contraria as expectativas de economistas, que esperavam avanço médio de apenas 0,1%.

Já o PIB anualizado teve crescimento nominal de 1,8% no segundo trimestre, superando em muito a mediana do mercado de alta de 0,4%. O crescimento seguiu um ganho revisado de 2,8% entre janeiro e março.

De acordo com o relatório, a demanda externa foi responsável por uma redução de 0,3 pontos porcentuais no PIB do segundo trimestre, uma retração que segue a tendência global de queda na demanda por causa do embate comercial entre EUA e China, sendo esse último o maior parceiro comercial do Japão.

Por outro lado, os dados mostraram que o investimento de capital e a demanda interna foi a principal responsável pelo crescimento do PIB, visto que o consumo privado alavancou ganhos de 0,7 pontos porcentuais.

Os dados oferecem algum alívio para o Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês), que está sob pressão para seguir outros bancos centrais e elevar o estímulo para evitar o aumento dos riscos globais.

O crescimento da economia vai dar munição para o Japão manter o plano de aumentar o imposto sobre consumo (shouhizei) de 8% para 10% em outubro. O governo disse que só adiaria o reajuste se ocorresse uma grave crise econômica.

MN – Mundo-Nipo.com
Fontes: Nikkei Asian Review| Agência Reuters.


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