O Japão e a União Europeia finalmente concluíram um arrastado acordo de livre comércio negociado desde 2013, anunciou o presidente do bloco europeu em comunicado conjunto com o líder japonês.
“Celebramos a conclusão do acordo”, assinalaram o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe na sexta-feira (8).
As duas partes já alcançaram um acordo político, simbólico, em julho de 2017.
O acordo, que une dois parceiros que movimentam 40% do comércio e possuem 30% do PIB mundial, é o maior pacto comercial negociado pela UE e confirma o compromisso conjunto de ambos sobre comércio justo e desenvolvimento sustentado, argumentou a comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, em entrevista coletiva.
O acordo abre caminho para a comercialização de mercadorias sem barreiras tarifárias entre duas das maiores áreas econômicas do mundo. No entanto, alguns detalhes específicos ainda não conhecidos.
Contudo, o mecanismo para resolver disputas entre Estados e investidores, que já foi o principal obstáculo para fechar um acordo em julho, se mantém, no entanto, aberto para futuras discussões, uma vez que Bruxelas e Tóquio não conseguiram chegar a um acordo sobre qual sistema adotar.
Bruxelas pede um Sistema de Tribunais de Investimentos como o criado para o acordo com o Canadá (CETA), algo ao qual Tóquio se opõe e prefere o antigo.
As duas partes adiantaram que dois dos setores mais importantes que celebram o acordo são os carros japoneses e, para a Europa, os produtos agrícolas da UE no Japão.
Quando entrar em vigor, o tratado permitirá liberalizar 91% das importações da UE para o Japão e até a 99% quando for aplicado na sua totalidade.
Atualmente, estas importações movimentam 86 bilhões de euros e geram 600 mil empregos nos países da UE, segundo a Comissão Europeia.
A gora, a comissão realizará a revisão legal do texto e o traduzirá do inglês para os idiomas oficiais da EU e assim posteriormente enviá-lo à Eurocâmara e ao Conselho para a sua ratificação.
O Executivo do bloco espera que o acordo possa entrar em vigor antes do fim da atual legislatura, no primeiro semestre de 2019.
Fontes: France Press | Agência EFE Brasil.