Um dos advogados do ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, disse na última sexta-feira ao governo do Japão que as autoridades locais não conseguiram providenciar um julgamento justo que respeitasse os direitos internacionais de um cidadão, informou a agência de notícias Reuters.
François Zimeray, advogado francês de Ghosn, disse que os promotores japoneses deveriam provar a culpa de Ghosn, e não que Ghosn fosse obrigado a provar sua inocência.
“É uma obrigação da acusação provar a culpa e não ao acusado provar sua inocência [de Ghosn]”, disse Zimeray em comunicado.
O ministro da Justiça do Japão, Masako Mori, lançou uma rara e violenta retirada pública de Ghosn, ex-presidente da Nissan e Renault, que virou fugitivo depois de criticar o sistema legal do país por permitir “chance zero” de um julgamento justo, enquanto procurava justificar sua fuga para o Líbano no final do mês passado.
Declaração de Ghosn
“Não sou mais refém de um sistema judicial japonês parcial, onde prevalece a presunção de culpa, a discriminação é generalizada e os direitos humanos não são respeitados”, disse Ghosn um dia após chegar ao Líbano.
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Da Agência Reuters / Tradução e edição do Mundo-Nipo.com (MN).