Japão anunciou nesta quarta-feira (10) que ampliou suas sanções impostas à Coreia do Norte, uma medida que já era esperada como resposta ao lançamento de um foguete no último domingo, no qual o governo do ditador Kim Jong-um afirma que serviu para por em órbita um satélite, contrariando Tóquio e a comunidade internacional, que consideram o lançamento um teste encoberto de mísseis balísticos.
O ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga, anunciou a medida durante um encontro do Conselho de Segurança Nacional presidido pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.
Entre as sanções está limitar as viagens entre os dois países e a proibição da entrada de embarcações norte-coreanas aos portos japoneses.
O Japão, que considera o recente lançamento uma “ameaça direta e grave” para sua segurança e um “prejuízo para a paz no nordeste da Ásia e da comunidade internacional”, realizará além disso um estrito controle das transferências de dinheiro para Coreia do Norte, indicou em comunicado o Executivo.
Apesar do endurecimento, o porta-voz do governo japonês garantiu que o Japão continuará com as conversas que mantém com a Coreia do Norte sobre os sequestros de japoneses que realizou há décadas.
Em julho de 2014, após alcançar um acordo com o país vizinho, Tóquio levantou parte das sanções unilaterais que mantinha desde 2006 em matéria de deslocamentos e de envio de remessas entre ambos países precisamente depois que Pyongyang se comprometeu a reabrir uma investigação sobre o assunto.
A decisão do Japão de endurecer sua postura com o regime norte-coreano chega no mesmo dia em que a Coreia do Sul anunciou a suspensão das operações do complexo industrial de Kaesong, único projeto conjunto das duas Coreias, como resposta ao lançamento do projétil e o teste nuclear de 6 de janeiro.
(Com Agência EFE)
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