O Japão anunciou que estenderá suas sanções contra a Coreia do Norte por mais dois anos, visto que Pyongyang não tomou medidas concretas para abandonar seus programas nucleares e de desenvolvimento de mísseis balísticos, informou o jornal Asahi Shimbun.
“Faremos o nosso melhor para resolver as questões nucleares, de mísseis e, acima de tudo, a questão dos sequestros. Faremos isto enquanto trabalhamos em estreita cooperação com a comunidade internacional”, disse o ministro porta-voz e secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva após a reunião do gabinete em 9 de abril.
As sanções japonesas incluem a proibição de embarcações registradas na Coreia do Norte de entrar nos portos japoneses, bem como o veto total das exportações e importações com o país.
Além de sanções baseadas em resoluções do Conselho de Segurança da ONU, o Japão começou a impor suas próprias sanções contra o país vizinho, que testou um míssil balístico em 2006. Tóquio gradualmente reforçou suas sanções depois que a Coreia do Norte passou a realizar testes nucleares.
Em 2014, Tóquio decidiu suspender parte das sanções depois que o país do regime do ditador Kim Jong-un prometeu iniciar uma re-investigação sobre o sequestro de cidadãos japoneses nas décadas de 1970 e 1980.
Mais tarde, no entanto, Tóquio reforçou as sanções novamente em consequência de outro teste nuclear norte-coreano.
Por 11 anos seguidos, o Japão apresentou resoluções criticando a Pyongyang sobre a questão dos sequestros ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Mas no início deste ano, o Japão não apresentou tal resolução em uma aparente tentativa do governo Abe de buscar o diálogo com Pyongyang para resolver o problema.
A decisão atual de estender as sanções veio depois que a Coreia do Norte não demonstrou apreço pela decisão de não apresentar a resolução.
“Quanto à Coreia do Norte, vamos julgar o que é mais eficaz [estender as sanções] enquanto assistimos aos vários movimentos [de Pyongyang]”, disse Suga na entrevista coletiva.
MN – Mundo-Nipo.com
Fonte: Asahi Shimbun.
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