Do Mundo-Nipo com Agências
Após recuar quase 1% na véspera, o dólar renovou sua queda ante o real nesta terça-feira (10), cravando a quarta desvalorização consecutiva em dia marcado pelo baixo volume de negociação e reforçando os sinais de que voltou a operar dentro da banda de R$ 2,20 a R$ 2,25 com a forte atuação do Banco Central.
O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,13%, cotado a R$ 2,2281 para a venda. Segundo dados da BM&F, o volume financeiro foi bastante fraco, ficndo em torno de US$ 700 milhões.
Nas últimas quatro sessões, o dólar acumula queda de 2,4%. No ano, a perda é de 5,49%.
O dólar não tinha uma sequência de quatro quedas consecutivas desde o início de abril, quando passou a ser negociada dentro da banda informal e ficou presa nela até o fim de maio, destaca a Agência Reuters.
Entre abril e maio, o dólar oscilou dentro da banda informal de R$ 2,20 a R$ 2,25 que o mercado acredita agradar ao BC por não ser inflacionário e não afetar as exportações do país.
Na semana passada, a moeda dos EUA saiu momentaneamente dessa cotação e chegou a se aproximar do patamar de R$ 2,30 com o mercado especulando sobre a prorrogação das intervenções diárias do Banco Central no câmbio.
Na última sexta-feira (6), o BC anunciou que vai estender o programa de vendas de contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares), que tinha previsão para acabar no dia 30 deste mês. O Banco Central, no entanto, ainda não informou até quando deve manter as intervenções nem o número de contratos ofertados.
A atual venda diária de 4.000 contratos de swap deve ser reduzida, segundo informações obtidas pela agência de notícias Reuters junto ao governo.
“A questão da definição do volume de venda diária de swaps é importante para passar segurança para o mercado”, afirmou o tesoureiro de um banco estrangeiro ao jornal financeiro ‘Valor Econômico’.
O programa de intervenções foi anunciado em 22 de agosto do ano passado, e, em dezembro, o BC decidiu que as vendas seriam estendidas até o dia 30 deste mês. Nesse anúncio, o BC reduziu as vendas diárias para 4.000 swaps; anteriormente, ele ofertava 10 mil contratos.
O objetivo da venda de swaps é sinalizar para o mercado que no futuro (data do contrato vendido pelo BC) haverá dólares disponíveis no mercado. Empresas compram esses swaps para se proteger de altas bruscas do dólar (essa operação é conhecida no mercado como “hedge”).
A segurança de que haverá dólares disponíveis daqui a algum tempo reduz a urgência da compra de dólares no momento. Além disso, com a maior circulação de dólares no mercado, o preço da moeda norte-americana tende a cair.
Atuações do Banco Central no câmbio
No leilão diário deste pregão, o BC vendeu novamente a oferta integral de até 4 mil swaps: foram 500 com vencimento em 1º de dezembro deste ano e 3,5 mil para 2 de fevereiro do próximo, com volume financeiro equivalente a US$ 198,8 milhões.
Para rolagem, a autoridade monetária vendeu toda oferta de 10 mil contratos. Com isso, já rolou cerca de 32 por cento do total que vence no próximo mês, correspondente a US$ 10,060 bilhões.
As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Forex Pros/Investing.com.
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