Dólar sobe pelo terceiro dia seguido e fecha no maior nível em mais de 1 mês

No acumulado do mês, a moeda registra avanço de 2,33%.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em alta ante o real pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira (9) e atingiu o maior valor em mais de um mês, com os investidores na expectativa pelas próximas pesquisas eleitorais.

A moeda norte-americana encerrou o dia com valorização de 0,22%, cotada a US$ 2,2912 para a venda, após tocar R$ 2,3025 na máxima do dia. É o maior valor de fechamento desde 7 de agosto, quando a moeda encerrou a R$ 2,296. Na véspera, o dólar havia subido 0,91%, após alta de 1,16% na segunda-feira.

Segundo dados da BM&F, movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão, acima dos US$ 1,1 bilhão na véspera e dos US$ 850 milhões no início da semana. No acumulado do mês, a moeda registra avanço de 2,33%. No ano, há queda de 2,81%.

O dólar teve firme alta ao longo de toda a sessão, chegando a superar os R$ 2,30 pela primeira vez em mais de um mês, mas as compras perderam força na parte da tarde.

Profissionais apontaram uma série de fatores para a acomodação do dólar. A moeda já havia subido muito nos últimos dois dias, mais precisamente 2,10%. Segundo o jornal ‘Valor Online’, a recuperação de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas eleitorais, algo endossado hoje pela pesquisa Vox Populi e evidenciado recentemente por uma série de outras sondagens, já não é uma novidade.

No mês passado, o dólar firmou-se em clara trajetória de queda ante o real, diante de pesquisas sinalizando menores chances de reeleição da presidente Dilma, que tem sido criticada por sua política econômica.

A expectativa agora é pelos números da sondagem Datafolha sobre a corrida presidencial que devem ser divulgados nesta noite. Alguns agentes do mercado apostam que a pesquisa mostrará Dilma na liderança.

Além das incertezas políticas que pesam sobre o câmbio, a moeda dos EUA ganhou impulso do exterior nesta semana, após o Fed de San Francisco divulgar pesquisa mostrando que investidores esperam um aperto monetário mais lento do que as próprias autoridades do banco central norte-americano. Juros mais alyos nos EUA tendem a atrair recursos hoje aplicados em países como o Brasil, conforme noticiou a Agência Reuters.

Embora a maior parte do mercado só espere que isso ocorra no ano que vem, cresceram as expectativas de que o banco central norte-americano adote um linguagem mais contracionista na reunião da semana que vem.

No Brasil, os investidores também aguardam a reação do Banco Central brasileiro à escalada do dólar, que pode pressionar a inflação doméstica.

 

Atuações do Banco Central no câmbio

Nesta manhã, em sua atuação diária no mercado de câmbio, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 500 contratos para 1º de junho e 3,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,5 milhões.

O BC também vendeu a oferta total de até 6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de outubro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 13 por cento do lote total, equivalente a US$ 6,677 bilhões.

*As cotações são da Agência  Thomson Reuters.

 


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