O Tribunal do Distrito de Fukushima condenou nesta terça-feira (10) o governo central do Japão, bem como a Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da danificada central atômica de Fukushima, a indenizarem 3,8 mil cidadãos atingidos pelo desastre nuclear em março de 2011, o mais catastrófico desde o ocorrido em Chernobyl, em 1986.
A decisão prevê o pagamento de 500 milhões de ienes (aproximadamente R$ 14 milhões), distribuídos entre todos os querelantes. A soma é a mais alta das cerca de 30 ações legais iniciadas na Justiça por 10 mil pessoas prejudicadas pela catástrofe nuclear provocada pelo tsunami de seis anos atrás.
Trata-se da terceira sentença indenizatória contra a Tepco, sendo que apenas uma excluiu a responsabilidade do Estado. Nos casos precedentes, contudo, os querelantes eram sobretudo desabrigados, ao contrário do julgamento desta terça, no qual 80% das pessoas envolvidas não abandonaram suas casas.
Além disso, em junho passado, começou o processo criminal contra três ex-dirigentes da Tepco por suposta negligência antes do vazamento nuclear em Fukushima, que até hoje mantém 55 mil indivíduos evacuados.
O desastre foi causado por um tsunami resultante de um terremoto de magnitude 8.9 na escala Richter em 11 de março de 2011. A tragédia é considerada a mais grave do tipo desde o vazamento na central de Chernobyl, na então União Soviética, em 1986.
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