O dólar comercial fechou em queda frente ao real nesta terça-feira (12), acompanhando o movimento no exterior após a China intensificar suas ações para estabilizar o yuan, o que reduziu a aversão a risco nos mercados globais. O clima, no entanto, ainda é de cautela, com muitas dúvidas sobre o desempenho da segunda maior economia do mundo.
A moeda norte-americana caiu 0,16%, cotada a R$ 4,0452 na venda, após subir 0,28% na véspera. Antes de chegar a metade do primeiro mês de 2016, o dólar já acumula valorização de 2,46%.
Cenário externo
O movimento do câmbio no mercado local acompanhou a recuperação de algumas moedas emergentes no exterior, com os investidores mais tranqüilos após o banco central chinês permitir novamente que o yuan se valorizasse nesta terça-feira. Com isso, o dólar caiu 0,1% frente a moeda chinesa, fechando a 6,5750 yuans.
A decisão do BC chinês vem após a queda recente da moeda chinesa gerar uma onda de preocupações nos mercados do mundo todo. Muitos investidores entenderam a decisão de permitir uma desvalorização do yuan como um sinal de fraqueza econômica do país.
A tranquilidade vinda da China, no entanto, foi ofuscada por preocupações com os preços do petróleo. Ele chegou a registrar uma recuperação nesta sessão, mas voltou a cair no início da tarde, atingindo o menor nível em quase doze anos.
A instabilidade dos preços do petróleo tem enfraquecido os preços de outras matérias-primas e reduzido a procura por moedas de países emergentes. Investidores têm preferido colocar dinheiro em moedas mais seguras, como o dólar.
Contexto local
No Brasil, analistas avaliam as expectativas de fluxo de recursos diante da notícia de que investidores chineses estão interessados em aplicar recursos em rodovias brasileiras. Matéria do ‘Valor Online’ cita o trecho da BR-153 entre Anápolis (GO) e Palmas (TO).
Além do governo federal, os Estados também estão procurando os chineses para destravar investimentos. A lista de projetos inclui siderúrgica no Maranhão, porto na Bahia, trem de passageiros no Paraná e até a ressurreição da refinaria “premium” do Ceará, plano abandonado pela Petrobras.
Além disso, investidores aguardavam novos sinais sobre a estratégia do governo para lidar com a crise econômica. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na semana que vem é o foco mais imediato. A maioria dos investidores esperam que a taxa básica de juros deva subir 0,50 ponto percentual.
Atuações do Banco Central
O Banco Central fez mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos.
Até o momento, o BC já rolou o equivalente a US$ 3,951 bilhões, ou cerca de 38% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.
Fontes: Agência Vlor Online | Agência Reuters.
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