Bolsa de Tóquio fecha quase estável com dívida grega e balanços de empresas

Foi a segunda alta consecutiva do índice Nikkei.

Do Mundo-Nipo com Agências

A Bolsa de Valores de Tóquio fechou praticamente estável nesta terça-feira (12), com o mercado cauteloso diante de preocupações com a dívida da Grécia, um sentimento que foi amenizado pelo otimismo com a economia japonesa, à medida que os balanços corporativos de empresas nacionais são divulgados.

O Nikkei 225, índice que reúne as empresas mais negociadas da bolsa japonesa, subiu 3,93 pontos, leve alta de 0,02% ante o fechamento anterior, encerrando o dia aos 19.624,84. Já o indicador Topix, que agrupa os valores da primeira seção em Tóquio, avançou 3,94 pontos, alta de 0,25%, fechando aos 1.602,27 pontos.

No início da sessão, a bolsa japonesa já operava em baixa, em meio à inquietação dos investidores com o impasse sobre a dívida da Grécia. Reunidos na segunda-feira para discutir um possível acordo com o país, ministros das Finanças da zona do euro elogiaram o progresso nas negociações. Disseram, porém, ser necessário maior esforço da Grécia. O governo grego pagou cerca de 750 milhões de euros ao FMI (Fundo Monetário Internacional), relativos à parcela de empréstimo que venceria nesta terça-feira.

O resultado em Tóquio também foi influenciado pelos resultados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Segundo Soichiro Monji, diretor de pesquisa econômica da Daiwa SB Investments, os mercados começam a chegar à conclusão de que o relatório de emprego de abril nos Estados Unidos não foi tão bom assim. Na sexta-feira, o relatório levou o índice Dow Jones a registrar a maior alta diária em mais de três meses.

Além disso, os juros dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a subir após uma breve pausa ontem. Movimentos de alta nos juros dos Treasuries são vistos como negativos para as ações, uma vez que eles elevam o custo de empréstimo para famílias e empresas.

As ações em Tóquio, no entanto, tomaram fôlego na parte da tarde, com investidores avaliando positivamente o anúncio de ontem do banco central da China sobre um novo corte nas taxas de juros. Foi o terceiro corte em seis meses.

Mas o que realmente impulsionou a bolsa japonesa a fechar no território positivo foi o sentimento de otimismo com a economia do país, apoiada pelos balanços referentes ao ano fiscal passado e por previsões de lucros de empresas japonesas para o exercício atual.

“Neste estágio, os relatórios de lucros anuais e previsões de empresas japonesas estão apresentando um bom conjunto, o que firma o sentimento de que a economia japonesa está a caminho de se retirar da deflação”, disse Toshikazu Horiuchi, estrategista da Iwai Cosmo Securities.

No noticiário corporativo, as ações da Bridgestone recuaram 3,30% após a companhia anunciar um lucro 0,5% menor no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Já as ações da Suzuki Motor avançaram 7,81%, depois de a empresa revisar para cima a expectativa de lucro líquido para o ano fiscal que termina em março de 2016.

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