Dólar segue exterior e cai mais de 1%, mas se mantém acima de R$ 3

O dólar sofreu um ajuste após à forte valorização de mais de 2% registrada na véspera.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira (12), em ajuste à forte valorização registrada na véspera e acompanhando o movimento de queda no exterior em meio a preocupações com a crise financeira da Grécia. O movimento também foi influenciado pela trégua no avanço dos rendimentos dos títulos dos Estados Unidos, “cuja escalada nas últimas semanas vem alimentando expectativas de menor fluxo para mercados emergentes”, conforme noticiou a agência de notícias Reuters.

A moeda norte-americana recuou 1,08% e encerrou o dia cotada a R$ 3,0195 na venda, após subir 2,31% na véspera, o que atraiu vendedores nesta sessão. O dólar chegou a ser cotado a R$ 3,0788 na máxima do dia e, na mínima, a R$ 3,0125.

Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro de hoje ficou em torno de US$ 1,2 bilhão. Na sessão anterior, o giro ficou em cerca de US$ 947 milhões.

A crise financeira na Grécia tem preocupado os investidores. O aperto de liquidez pelo qual passa o país tem sustentado um clima de apreensão, mesmo após o governo grego anunciar que pagou a parcela de 750 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que venceu nesta terça-feira. No entanto, a ausência de progresso claro nas negociações deixava os mercados preocupados com a possibilidade de Atenas eventualmente esgotar seus recursos e declarar default.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e da Alemanha têm recuado com força nas últimas semanas, movimento que pode atrair para essas economias recursos aplicados em economias emergentes.

Nesta manhã, o rendimento do papel norte-americano de 10 anos chegou a subir a 2,366%, máxima em seis meses, mas reduziu os ganhos e passou a cair durante a tarde.

Investidores vêm apostando que o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) deve elevar os juros norte-americanos apenas no segundo semestre, o que traz algum alívio para o mercado interno.

Alta de juros nos EUA deve atrair para lá recursos atualmente investidos em mercados como o Brasil, e menos dólares por aqui fariam a moeda ficar mais cara.

Operadores consultados pela Reuters têm afirmado que o dólar tende a se estabilizar nas próximas semanas por volta do patamar atual, pouco acima de R$ 3.

Leilões de contratos de dólar do Banco Central
Nesta manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a US$ 2,756 bilhões, ou cerca de 29% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

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