UE alivia restrições a produtos de Fukushima pela 1ª vez desde 2011

A decisão é uma grande vitória para os resilientes produtores na região atingida pelo desastre de 2011.
Producao de arroz em FUkushima Foto Kotoba 900x550 01 min
Foto: Kotoba

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), decidiu suspender um certificado específico de controle sobre a importação para alguns produtos agrícolas, bem como de frutos do mar, provenientes de uma dezena de províncias japonesas afetadas pelo acidente nuclear de 2011 em Fukushima, uma decisão amplamente comemorada pelos produtores da região nordeste do Japão, uma vez que a tragédia levou as exportações locais de arroz a um hiato de quase sete anos para os países membros da UE, informou a imprensa japonesa.

Segundo informou neste domingo (12) a emissora pública ‘’NHK’, atualmente, produtos alimentícios de 13 províncias japonesas continuam sob regulamentação europeia mesmo após afrouxamentos gradativos. Isso significa que os embarques dessas províncias não podem entrar nos países do grupo sem um certificado rigoroso de qualidade comum aos padrões de segurança da UE.

Contudo, a Comissão Europeia explicou que, a partir de 1º de dezembro, tal certificado não será mais necessário para alguns produtos de 10 das 13 províncias japonesas vetadas desde 2011.

Entre os produtos liberados estão o arroz de Fukushima, alguns tipos de pescados, cogumelos e verduras típicas de regiões montanhosas.

“A liberação sobre o arroz de Fukushima significa que o arroz de outras províncias também não precisará mais de certificado para entrar nos países membros do bloco econômico europeu”, declarou o órgão em comunicado, segundo a ‘NHK’.

“Especialistas disseram que é de grande importância ter bons controles na entrada na União Europeia”, disse uma fonte da UE familiarizada com as conversas sobre o afrouxamento às restrições, adiantou a ‘Kyodo News’ ontem (11).

“A visão deles é que as verificações do controle de qualidade têm dado negativo, há tempos, para todos os testes, principalmente o de radioatividade, que é mais exigente para produtos vindos da região afetada no Japão.

A decisão da UE é uma vitória sem precedentes para os “resilientes produtores” na área atingida pelo desastre nuclear em março de 2011, avaliou a ‘Kyodo’ em sua publicação, acrescentando que “muitos deles tiveram que deixar suas terras após a tragédia, mas ainda assim não desistiram de voltar a produzir tanto para o mercado doméstico como externo”.

Observadores dizem que a suspensão das restrições trará motivação aos produtores de arroz tanto das áreas afetadas pela tragédia como de todas as regiões do Japão.

Do Mundo-Nipo


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