Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em queda de mais de 1% ante o real nesta terça-feira (13), devolvendo a alta do pregão do dia anterior, com os investidores recebendo positivamente as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, hoje, que sinalizaram em direção a um ajuste da política fiscal.
Ao término da sessão, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 2,6369 na venda, queda de 1,17%. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão.
Com o resultado, a moeda acumula leve queda de 0,08% na semana. No ano e no mês, a desvalorização é de 0,82%.
A perspectiva de mudança da política econômica praticada no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff ajudou a atrair fluxo de recursos, levando o real a liderar o ganho frente ao dólar entre as principais moedas emergentes.
Logo pela manhã desta terça-feira, Levy deu sinais de que o governo está se esforçando para reequilibrar as contas públicas e que estuda medidas para reduzir gastos. O ministro da Fazenda afirmou que os R$ 9 bilhões previstos no Orçamento para a Conta de Desenvolvimento Econômico (CDE) não serão utilizados neste ano, com a despesa sendo paga pelo consumidor.
Com isso, Levy endossa o compromisso do governo de não financiar novos socorros às distribuidoras de energia, caminhando para o que chamou de “realismo tarifário”.
“De uma forma geral, as declarações sobre corte de gastos e maior austeridade mostram uma guinada na política econômica, que deve ser menos intervencionista”, afirmou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, à Agencia Valor Online.
De acordo com a Agência Reuters, Levy afirmou ainda que trazer a dívida pública para a faixa de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) seria um objetivo positivo no longo prazo e que o Brasil tem condições de melhorar sua classificação de risco.
As declarações da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, que vem prometendo uma política fiscal mais austera, têm agradado os investidores. Mas o mercado ainda mostrava dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir as metas de superávit primário, consideradas difíceis.
Para este ano, o objetivo equivale a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e, para os dois anos seguintes, a 2%.
Atuações do Banco Central no câmbio
Pela manhã, o Banco Central manteve suas intervenções diárias e vendeu a oferta de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 500 contratos para 1º de setembro e 1,5 mil para 1º de dezembro, com volume correspondente a US$ 98,2 milhões.
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a US$10,405 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 38% do lote total.
(Com informações das Agências Reuters e Valor Online)
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